Mercado Físico da Vaca – 08/04/10
8 de abril de 2010
Mercados Futuros – 09/04/10
12 de abril de 2010

Uruguai avança nas negociações com a Coréia do Sul

O Uruguai entregou o último relatório técnico, com mais de 1.500 páginas, às autoridades sanitárias da Coreia do Sul. Os passos formais para destravar esse mercado para a carne bovina fresca estão praticamente completos e há otimismo.

O Uruguai entregou o último relatório técnico, com mais de 1.500 páginas, às autoridades sanitárias da Coreia do Sul. Os passos formais para destravar esse mercado para a carne bovina fresca estão praticamente completos e há otimismo.

Na Coreia do Sul, o consumo de carne fresca importada se retraiu consideravelmente, mas o Uruguai continua trabalhando para conseguir voltar a entrar com seus cortes bovinos in natura. Os coreanos interromperam as importações de carne bovina uruguaia fresca em 2000, quando ocorreu uma epidemia de febre aftosa no Uruguai, afetando somente o Departamento de Artigas e as negociações sanitárias foram retomadas em 2006.

A partir desse ano, começou a ser trabalhada a habilitação de cinco frigoríficos dedicados à produção de carne bovina e produtos termoprocessados. Porém, o Governo da Coreia do Sul decidiu fazer uma exceção com o Uruguai e considerar a análise de risco para admitir a carne fresca, apesar de não importar carne de países que não são reconhecidos como livres de febre aftosa – o Uruguai é, mas com vacinação. O presidente uruguaio visitou a Coreia do Sul em 2008, convidado pelo presidente coreano, Lee Byung-bak, quando decidiram começar com o estudo da análise de risco, que tem seis passos básicos, incluídas algumas missões coreanas de auditoria da cadeia de carnes (uma já foi feita).

A elaboração do último relatório sanitário realizado pela Direção Geral de Serviços Pecuários do Uruguai demorou quase oito meses e envolveu mais de 1.500 páginas com informações detalhadas. Esses dados são a base para que os coreanos elaborem a análise de risco com a qual o Uruguai estaria próximo de ter cumprido todos os requisitos técnicos pedidos pelo Serviço de Inspeção e Quarentena da Coreia do Sul.

Estima-se que o estudo do relatório técnico em mãos dos coreanos demandará entre dois e três meses; se não houver pedido de ampliação das informações, não se descarta a visita ao Uruguai de alguma outra missão coreana, desta vez, focalizada sobre a indústria de carnes, para habilitar as plantas aptas para exportar.

Nos últimos meses, o consumo de carne bovina importada na Coreia do Sul sofre restrições, porque as importações se reduziram. A Chancelaria, através da Embaixada em Seul liderada pelo embaixador Nelson Chaben, o Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) e a Direção de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai se uniram na estratégia para a reabertura do mercado coreano e essa estratégia tem sido fruto do avanço, lento, mas muito seguro.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.