Os pecuaristas gaúchos comemoram a abertura de um novo nicho de mercado para a venda de animais. Ontem (23) à tarde, 110 terneiros braford castrados do Rio Grande do Sul foram repassados a uma empresa uruguaia, que adquiriu o lote de um exportador ao preço de US$ 7 mil.
Conforme o chefe do Serviço de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura no Estado, Hélio Pinto, fazia pelo menos dez anos que o Estado não colocava gado em pé em solo uruguaio, devido à diferença de status sanitário entre os dois países.
O Uruguai ostentava, desde 1996, a condição sanitária de livre de febre aftosa sem vacinação. Agora, o Rio Grande do Sul e o país vizinho são livres da enfermidade com vacinação, depois da ocorrência de focos de aftosa em 2001.
Segundo o presidente da Comissão da Pecuária de Corte e Indústria da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Fernando Adauto Loureiro de Souza, a efetivação do negócio também evidencia que o gado gaúcho apresenta um preço menor do que o uruguaio no momento. Para Souza, a nova possibilidade de negócios deve ser bem-vinda entre os pecuaristas gaúchos. “Vemos isso com bons olhos. O Rio Grande do Sul e o Uruguai têm um sistema de produção semelhante e temos que estar integrados”.
Os animais comprados pela Sarguil Sociedade Rural, de Montevidéu, são destinados a recria. Na próxima terça-feira (29), um lote de animais gaúchos com 275 ventres polled hereford para reprodução será exportado para uma fazenda em Vichadero, no Uruguai.
Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint