Entenda como o tipo de animal pode influenciar a qualidade da carne
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Uruguai: cresce demanda por identificadores de gado

A demanda por identificadores de bovinos adultos cresceu substancialmente no Uruguai frente ao ano anterior. Com as gerações de bezerros registradas desde 2006, o Uruguai impôs a meta de chegar até julho de 2011 com o rebanho todo identificado.

A demanda por identificadores de bovinos adultos cresceu substancialmente no Uruguai frente ao ano anterior. Com as gerações de bezerros registradas desde 2006, o Uruguai impôs a meta de chegar até julho de 2011 com o rebanho todo identificado.

No mês de outubro, o Sistema de Identificação e Registro Animal (SIRA) do Uruguai entregou 100.000 identificadores a mais comparado a 2009. “Supostamente, em parte, o aumento da demanda responde à obrigatoriedade de identificar os bovinos adultos, mas também pode ser que os produtores estejam reservando identificadores”, disse o diretor do SIRA, Gabriel Osorio. “Pode ser que obtenham os identificadores, os guardem e esperem que passe a época de maior incidência das bicheiras para aplicá-los em seus animais. De qualquer modo, o positivo é que esses identificadores já estão nas mãos dos pecuaristas e, no outono, época de maior demanda, não se formarão gargalos nas entregas”, completou ele.

O SIRA já tem 8,6 milhões de bovinos identificados sobre um rebanho que está em torno de 11,227 milhões de cabeças, segundo os últimos dados do Governo. O Uruguai será o primeiro país do mundo com todo o rebanho identificado em junho de 2011 e essa é uma ferramenta que a cadeia de carnes busca explorar.

A rastreabilidade é um requisito imposto pela União Europeia (UE) para rastrear melhor os alimentos e, com as negociações de um Tratado de Livre Comércio, isso pesará.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O Uruguai, com um rebanho equivalente a pouco mais de 5% do rebanho brasileiro, já rastrea mais animais do que nós.

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Ricardo,

    Rastreia ou Identifica?

    O sistema existente no Uruguai, rastrearia um problema similar ao que está acontecendo com a carne exportada pelo JBS (EUA, UE, Rússia e Japão)?

    Tal rastreabilidade conseguiria chegar na origem e causa do problema?

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado José Manuel de Mesquita,

    É possível sim com o sistema de rastreabilidade uruguaio se chegar rapidamente e com segurança não apenas ao último produtor / propriedade, mas sim em cada propriedade pela qual o animal passou. Certamente não é pouco e ainda temos muito que fazer por aqui para chegarmos lá.

    O Uruguai rastrea a origem, desde o nascimento, e as movimentações de quase todos os animais do pais, amarrando as carcaças aos códigos dos animais abatidos. E tudo isto feito com o uso de identificadores eletrônicos distribuidos gratuitamente pelo governo.

    Não há contudo no banco de dados central do governo uruguaio os registros de tratos sanitários e alimentares dos animais. Estas informações complementares, sempre que necessárias, ainda devem ser obtidas juntamente as propriedades. Eu mesmo já respondi esta pergunta sua anteriormente.

    Porém gostaria de salientar que estas propriedades já estavam sujeitas aos controles do serviço de defesa sanitária muito antes da implantação do programa de rastreabilidade nacional. E a rastreabilidade não substitui os controles existentes.

    Obviamente qualquer sistema pode ser aperfeiçoado perpetuamente, mas não devemos nunca deixar o ótimo se tornar inimigo do bom.

    Att,