O presidente da União de Vendedores de Carne do Uruguai, Heber Falero, disse que uma pequena baixa nos preços da carne pode ser útil a eles, mas que essa redução não pode ser muito grande, de forma a prejudicar o produtor. Falero disse isso quando consultado sobre as repercussões da crise financeira dos Estados Unidos no mercado de carnes do Uruguai.
O presidente da União de Vendedores de Carne do Uruguai, Heber Falero, disse que uma pequena baixa nos preços da carne pode ser útil a eles, mas que essa redução não pode ser muito grande, de forma a prejudicar o produtor. Falero disse isso quando consultado sobre as repercussões da crise financeira dos Estados Unidos no mercado de carnes do Uruguai.
Ele disse que, no curto prazo, é bom que a carne esteja barata, mas que em longo prazo, isso se torna um problema para o país, “já que estanca uma produção que vem crescendo em qualidade e quantidade”. Segundo ele, o período é de uma oferta de gado não muito abundante e as exportações estão barradas pela conjuntura internacional.
Porém, os impactos da crise dos EUA não estão sendo sentidos somente nas exportações. O Banco Central vendeu dólares para evitar uma forte alta da divisa. Pelo terceiro mês consecutivo, as exportações uruguaias de carne desaceleraram com relação ao mês anterior, embora continuem maiores do que no ano anterior. Quanto à competitividade, registrou-se um forte decréscimo durante agosto.
Até o final de setembro, o Uruguai exportou 193,55 mil toneladas de carne bovina por um valor de US$ 964,775 milhões (dados até 27/09/08). Isso denota uma queda de 5,58% em volume, mas um aumento de 51,79% em valor com relação ao mesmo período de 2007, quando foram exportadas 205.004 toneladas por US$ 635,563 milhões.
Os principais compradores deste produto – Rússia, União Européia (UE), Nafta e Mercosul – concentraram 80% do total exportado pelo Uruguai em volume. A Rússia comprou este ano 115.272 toneladas de carne bovina uruguaia, contra 13.812 toneladas compradas no mesmo período de 2007, ou seja, houve crescimento de 734,57% no volume comprado. A UE comprou 64,69 mil toneladas de carne bovina contra 37.156 toneladas compradas no mesmo período de 2007 (+74,10%). Os países do Nafta (EUA, Canadá e México) compraram 25.305 toneladas de carne bovina, contra 192.722 toneladas no mesmo período de 2007 (-86,86%). Os países do Mercosul (Chile, Brasil e Argentina) compraram 22.807 toneladas, contra 20.231 toneladas no mesmo período de 2007 (+12,73%).
A reportagem é do El País, com dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.