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Uruguai: demanda russa causa alta de preços de miúdos

A exportação de línguas bovinas à Rússia levou ao aumento dos preços do produto do Uruguai e agora, o quilo desse produto está com o mesmo preço de cortes mais nobres, como entrecôte e patinho.

A exportação de línguas bovinas à Rússia levou ao aumento dos preços do produto do Uruguai e agora, o quilo desse produto está com o mesmo preço de cortes mais nobres, como entrecôte e patinho.

Durante décadas, os miúdos foram parte da dieta das famílias de menor renda, mas em alguns casos, como o da língua, passaram a ser a ser consumidas também pelas classes de maior poder aquisitivo. Atualmente, a língua bovina no Uruguai custa 90 a 110 pesos (US$ 4,51 a US$ 5,51) por quilo, enquanto os consumidores encontram ofertas no mercado interno muito mais atrativas, como por exemplo, o noix a pouco mais de 120 pesos (US$ 6,01) por quilo ou o patinho, a 110 pesos (US$ 5,51) por quilo.

Isso porque, nos meses de verão, as línguas são mais consumidas, mas o aumento do consumo se soma à forte exportação à Rússia. Os importadores da Rússia são fortes compradores de miúdos e estão comprando grandes volumes de línguas e fígado, a bons preços.

O presidente da Associação Nacional de Acougueiros, Germán Moller, admitiu que, em alguns caos, o preço dos miúdos está semelhante ao de cortes mais nobres, mas deixou claro que, apesar dos preços da língua no mercado interno, “o consumo do produto não caiu”. Ele disse que as vendas de língua bovina cresceram porque o produto é de alto consumo no verão, por poder ser preparado de forma bem variada em pratos frios, ideais para os dias de calor.

Apesar das fortes exportações à Rússia, os frigoríficos estão entregando o produto aos açougues sem restrições e a oferta é suficiente para atender as necessidades do mercado local.

Até o mês passado, a Rússia foi o principal importador de carne bovina uruguaia e de miúdos bovinos, reafirmando sua liderança como tinha feito em 2008, quando comprou muita carne uruguaia e pagou bons preços por ela.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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