As exportações de carnes do Uruguai não foram muito afetadas pela crise econômica europeia, seus efeitos têm sido mínimos e se prevê que esse ano as vendas de carne se manterão em US$ 1,65 bilhão, similar às de 2011, destacou o presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Luis Alfredo Fratti.
As exportações de carnes do Uruguai não foram muito afetadas pela crise econômica europeia, seus efeitos têm sido mínimos e se prevê que esse ano as vendas de carne se manterão em US$ 1,65 bilhão, similar às de 2011, destacou o presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Luis Alfredo Fratti.
Esse ano, as vendas ao bloco comunitário caíram 10% em volume e de 4% a 5% em valor, mas também se compensa pelos negócios a outros mercados, como Estados Unidos e Canadá, disse Fratti. Ele disse que o fortalecimento do dólar não somente ocorre no Uruguai, mas também, na Europa, e que “embora nos prejudique no mercado europeu, nos beneficia em outros países. Devemos considerar que precisamente os exportadores nos pediam um dólar mais forte”.
Ao comentar que existe uma situação econômica melhor em outras regiões do mundo e que permite compensar a debilidade nos mercados de alto valor, como União Europeia (UE), exemplificou com 20% mais de vendas que o Uruguai obtém ao Mercosul, basicamente pela venda de assados à Argentina.
Ele disse que, em 2012, as exportações totais de carne somarão US$ 1,7 bilhão, aproximadamente igual a 2011, dos quais US$ 1,35 bilhão serão de carne bovina. Nesse contexto, cada vez mais adquirem maior relevância outras carnes e produtos, como por exemplo, a equina, que não é consumida no Uruguai, mas que tem alta demanda em outros países, bem como também ressaltou os bons negócios nas exportações de miúdos.
Fratti, que assumiu a presidência do INAC em 2005, ressaltou que, nos últimos sete anos, o setor de carnes tem tido um desempenho destacado. O consumo de carnes no Uruguai cresceu em 30%, passando de 72 quilos para 95 quilos por pessoa por ano, enquanto que o valor das exportações passaram no mesmo período de US$ 1.668 a tonelada para US$ 3.960 a tonelada, um aumento que significou 140% medido em dólares.
Fratti informou também que uma delegação uruguaia integrada pelos ministros de Pecuária, Agricultura e Pesca; da Indústria, Energia e Mineração; e autoridades do INAC, irá para Paris para participar do Congresso Mundial de Carne, onde se respaldará o pedido do Uruguai para ser sede do encontro em 2016.
O INAC lançará nos próximos dias um plano piloto de aplicação de códigos QR a cortes de carnes embalados a vácuo para o mercado interno e de exportação, anunciou Fratti. Mediante a leitura da etiqueta que o consumidor pode fazer através de seu celular, é possível que seja redirecionado a um site na internet que fornecerá todas as informações sobre a rastreabilidade do gado que originou a carne.
A reportagem é do El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.