Os frigoríficos exportadores do Uruguai começarão a buscar os mercados do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) - Canadá, Estados Unidos e México -, a partir da entrada das carnes brasileiras e argentinas na União Européia (UE).
Os frigoríficos exportadores do Uruguai começarão a buscar os mercados do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – NAFTA) – Canadá, Estados Unidos e México -, a partir da entrada das carnes brasileiras e argentinas na União Européia (UE).
“Houve uma baixa importante no mercado europeu como conseqüência da entrada do Brasil e da Argentina e, apesar de isto estar previsto, acentuou-se mais que o esperado”, explicou ao jornal El País o gerente geral do Frigorífico Pul, Rodrigo Goñi, que fez parte da delegação que participou do recente Salão Internacional de Alimentação (SIAL) ocorrido em Paris, a feira mais importante para o mercado de carnes e uma ferramenta fundamental para os frigoríficos que vendem à Europa os cortes de alto valor da cota Hilton.
As restrições sanitárias que pesavam sobre as carnes brasileiras e argentinas serviram ao Uruguai para vender mais e melhor aos mercados como Rússia e Chile, mas agora, esses nichos perdem importância com seu regresso. Goñi disse que o Uruguai encontrou dificuldades em vender seus cortes aos europeus na feira devido aos altos preços dos produtos, havendo, inclusive, uma redução nos mesmos.
A partir deste cenário, as exportações de carne se voltarão aos países do NAFTA como um de seus principais mercados, nos quais a indústria uruguaia tem um melhor posicionamento, já que estes mercados permanecem fechados para Argentina e Brasil.
Entre os países do bloco, o México será o de maior importância para as empresas, já que não existem no país cotas nem tarifas. A este mercado são exportados cortes dianteiros que têm um menor valor que aqueles exportados à UE.