Sob a marca “El Terruño”, chegarão às gôndolas dos supermercados americanos cortes porcionados, desossados e maturados. Os dianteiros irão diretamente à indústria para serem moídos no destino, convertendo-se na primeira carne moída uruguaia com rastreabilidade que se encontra nesse mercado.
Sob a marca “El Terruño”, chegarão às gôndolas dos supermercados americanos cortes porcionados, desossados e maturados. Os dianteiros irão diretamente à indústria para serem moídos no destino, convertendo-se na primeira carne moída uruguaia com rastreabilidade que se encontra nesse mercado.
A exportação se baseia em um negócio “de nicho” (dedicado a um segmento específico), após feita uma análise de mercado. A empresa uruguaia, Conexión Ganadera, que nasceu em 1999 como uma ferramenta de conexão entre o capital financeiro e o setor produtivo, enviará as primeiras 10 toneladas, após ter cumprido com o primeiro abate de gado.
Os Estados Unidos é um destino tradicional para os trimmings – recortes de carne da operação de desossa -, mas não é tão comum que se enviem cortes porcionados. “A carne sairá como cortes (os dianteiros) e se moerá nos Estados Unidos”, disse o Pablo Carrasco que, junto com Gustavo Basso, são fundadores e diretores da empresa. O Rump & Loin, ou seja, o grupo de cortes de maior valor da carcaça (lombos, bifes e quadril), será enviado porcionado.
“É um negócio pontual, uma decisão tomada”, disse Carrasco, garantindo que a seca que afeta a pecuária americana e que reduziu a carne do mercado não acelerou a decisão. A exportação permitirá dar valor aos gados que pertencem aos investidores que já integraram o capital.
A Associação Uruguaia de Produtores de Carne Intensiva Natural (Aupcin) também está de olho nos Estados Unidos. “Estamos percebendo que esse mercado, frente à situação de liquidação do rebanho e altos preços dos grãos pode ser um potencial demandante nos próximos meses”, disse o diretor executivo da Aupcín, Álvaro Ferrés. Para o Uruguai, é um mercado que tem o atrativo de que é em dólares e, além disso, a carne uruguaia não compete com a carne da Argentina, do Brasil e do Paraguai.
Por outro lado, o ano que vem poderia ser determinante para que a carne bovina uruguaia voltasse com mais presença no mercado canadense. Os importadores canadenses já estão começando a fazer consultas de preços, porque os valores da carne bovina em seu país estão subindo.
O principal importador de carne canadense através da empresa Natural Meat Distribution, Daniel Zefferino, disse que a carne canadense estava mais barata que a uruguaia há três meses, mas essa realidade está mudando. “Há uma leve intenção de mirar ao Uruguai. Os trimming que o Uruguai exporta são muito buscados, porque têm uma composição de gordura diferente”.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.