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Uruguai flexibiliza medidas com Argentina devido à febre aftosa

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai deverá flexibilizar nesta semana as medidas vigentes que adotou para prevenir a possível entrada de febre aftosa vinda da Argentina.

Apesar de, no momento, manterem-se as desinfecções através de rodilúvios, a revisão dos veículos que vêm do norte da Argentina e a proibição de importar cortes de carne bovina desossada, a Direção Geral de Serviços Pecuários pedirá “informações adicionais aos serviços sanitários argentinos antes de tomar uma decisão definitiva”, explicou seu diretor interino, Hipólito Tapié.

Após a confirmação da suspeita de Salta como foco, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina tomou uma série de medidas que “levam tranqüilidade ao Uruguai”. Entre as decisões, o Senasa fixou uma área focal na qual está o estabelecimento onde foram encontrados suínos afetados e um outro estabelecimento na fronteira que tinha mais 15 animais.

“A área perifocal (ao redor do foco) tem três quilômetros por fora da área focal, envolve 25 produtores e 750 bovinos, 650 suínos, 130 caprinos e 51 ovinos. Nesta área foram vacinadas todas as espécies susceptíveis, não se pode movimentar animais para outras regiões e está sendo feito um rastreamento do vírus no sangue com identificação”. Como medida complementar o Senasa criou uma área de vigilância de 10 quilômetros fora da área que circunda o foco, que inclui 60 produtores, 2100 bovinos, 275 suínos, 340 caprinos, 150 ovinos. Nesta região também foram vacinados todos os animais, há restrição de movimentos e estão sendo feitos rastreamentos sorológicos”.

Tapié enfatizou que o Uruguai ficou satisfeito com as ações tomadas pelo Senasa, informando que a entidade argentina também “zonificou” a região. “É uma medida muito forte, muito importante, com o objetivo de investigar o risco sanitário da divisão dos departamentos de San Martín, Santa Victoria, Orán, Viruella e Rivadavia (Salta) e Ramón Vista (Formosa) em zonas”.

Os departamentos de Ramón Lista e Rivadavia já tinham restrições de movimentos desde que se deu o alarme de que havia aftosa na Bolívia e no Paraguai.

Em suma, segundo o comunicado do Senasa, a zona de emergência sanitária inclui aproximadamente 65 mil quilômetros quadrados, 4320 produtores, com uma população susceptível de suínos, caprinos, bovinos e ovinos de 481 mil cabeças (170 mil bovinos, 47 mil suínos, 124 mil ovinos e 138 mil caprinos).

O que também está gerando tranqüilidade nos serviços sanitários uruguaios é que as regiões problemáticas de Salta e Formosa têm uma baixa densidade pecuária com predomínio de produtores cuja produção se destina ao consumo local. “Não há movimento de animais para outras áreas nem estabelecimentos inscritos para produção visando a exportação”.

Fonte: El País, adaptado por Equipe BeefPoint

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