O presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai, Luis Alfredo Fratti, e o diretor de Serviços Pecuários do Ministério da Agricultura do país, Francisco Muzio, foram ao Japão e à Coréia com o objetivo de avançar na abertura desses mercados à carne fresca uruguaia.
O presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai, Luis Alfredo Fratti, e o diretor de Serviços Pecuários do Ministério da Agricultura do país, Francisco Muzio, foram ao Japão e à Coréia com o objetivo de avançar na abertura desses mercados à carne fresca uruguaia.
Segundo Fratti, as possibilidades são melhores na Coréia que no Japão. Em maio, a Coréia aprovou a habilitação para a entrada de carnes termoprocessadas, o que é considerado um primeiro passo para a entrada de carne fresca. Por outro lado, a delegação uruguaia firmará na Coréia um convênio de cooperação técnico misto na área de carne e existe um otimismo por parte da delegação uruguaia de conseguir abertura para todo tipo de carnes.
No caso do Japão, o Uruguai participará da feira Jetro em um estande junto com a Bolívia e o Paraguai e que foi cedido pelo Governo japonês. Ambos os mercados têm fundamental importância para o Uruguai, não pelo volume, mas sim, pelo nível de preços, que está muito acima da média dos demais mercados. Os miúdos, por exemplo, ocupam um lugar muito importante nas preferências dos asiáticos, que chegam a pagar preços até quatro vezes superiores aos recebidos hoje pelo Uruguai em outros mercados.
Para Fratti, as únicas barreiras que existem atualmente para o Uruguai ter acesso ao mercado da Coréia com carne fresca são de caráter político, já que do ponto de vista técnico-sanitário, não há argumentos para seu rechaço. O status de país livre de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) do Uruguai é um elemento decisivo nestes mercados. Por outro lado, o fato de o Uruguai estar habilitado a exportar carne ao mercado dos EUA e que tenha, inclusive, a possibilidade de fazê-lo com o selo de qualidade do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é um argumento de peso.
Os mercados asiáticos têm um papel fundamental na política de expansão da indústria uruguaia, após o retorno da Argentina e do Brasil ao mercado internacional, que trouxe como conseqüência uma redução nos preços nos mercados europeus com conseqüência de um aumento da oferta.
Esta modificação do cenário internacional obriga a indústria exportadora do Uruguai a se voltar novamente a mercados que tinham perdido liderança, com é o caso dos países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e, por sua vez, aprofundar as gestões em busca de abrir os mercados com maior poder aquisitivo. A reportagem é do El País.