Uruguai: frigorífico Breeders & Packers avalia mercado internacional de carnes

O gerente do frigorífico Breeders & Packers Uruguay, Roberto Palma, fez um diagnóstico sobre o mercado internacional de carnes, a incidência da desvalorização no Brasil e da a forte competição do Paraguai no mercado russo.

“O negócio não vai bem no geral, a situação a nível mundial está muito complicada, a desvalorização no Brasil causou estragos nos mercados, não nos esqueçamos que é o maior produtor mundial de carne, passando de um novilho a US$ 4 para US$ 3. A realidade nos diz que, com esse preço, não podemos hoje competir. E não somente o Uruguai, mas sim, o resto dos países produtores de carne do mundo acham difícil hoje poder competir com os valores que o Brasil está propondo”.

Ele explicou que, atualmente, “o mercado europeu não convalida preços que pagava no passado, a Argentina estando fora não é o mercado mais complicado. Onde se complica mais é no mercado de congelado, a carne congelada brasileira é mais pedida que a carne uruguaia ou argentina para hambúrgueres e outras especialidades, fundamentalmente cortes dianteiros ou traseiros”.

Os mercados caíram todos, exceto a cota de resfriado para a Europa, que o Brasil não compete porque não entra, e os Estados Unidos que, embora não tenha aparecido, é sempre um mercado muito interessante para o Uruguai”.

Nesse marco, Palma se referiu à cota 620. Disse ter “muitas expectativas com a cota 620, é um nicho muito interessante, temos feito cerca de 2.000 novilhos com essa cota e temos para os próximos 3 meses, 2.500 novilhos a mais para fazer, já que está fechada tanto a compra como a venda e é uma boa possibilidade de negócios que se abre e gera expectativas, como todo negócio novo”.

A reportagem é do Todo El Campo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.