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Uruguai: governo incentiva e apoia o processo de certificação da carne bovina

Em uma ação de reconhecimento às boas práticas pecuárias com o fim de alcançar um primeiro nível básico de certificação em forma massiva, o Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai impulsionou o Programa de Carne Uruguaia Certificada (PCUC). A ideia é integrar e apoiar pecuaristas interessados em demonstrar que respeitam práticas sobre: inocuidade alimentar, bem-estar animal, proteção do meio-ambiente.

Os engenheiros, Felipe D’Albora e Jorge Acosta afirmam que o consumidor está cada vez mais exigente e  a carne é um dos alimentos expostos a maiores exigências quanto a ter que garantir seus atributos e os processos a partir dos quais é produzida.

O INAC trabalha há muito tempo para melhorar o posicionamento das carnes uruguaias e as certificações contribuem com essa estratégia.

O plano piloto esteve voltado a produtores de gado do departamento de Cerro Largo que, voluntariamente, interessaram-se em conseguir uma condição de certificação básica de Boas Práticas Pecuárias. A indústria local trabalha na certificação com programas de carne orgânica e de carne natural, facilitando a operação.

O protocolo técnico constou de sete pontos: a identificação e rastreabilidade; o manejo animal: animais que serão mantidos a céu aberto; o manejo sanitário ambiental: produtos registrados e autorizados pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP); animais com acesso a pastagem direta, não uso de hormônios de crescimento; instalações adequadas, tratamentos veterinários com recomendação  e, por último, o correto transporte dos animais.

Com relação ao critério de certificação, estabeleceu-se que em um total de 20 requisitos a relevar, devem-se cumprir os 15 críticos e não ter mais de 10% dos requisitos menores sem cumprir.

Os produtores foram visitados por certificadores do INAC, com um planejamento e coordenação a partir de informação geográfica obtida pelo Sistema Nacional de Informação Pecuária (SNIG).

O plano piloto foi realizado durante 53 dias, entre 22 de outubro e 21 de dezembro, sendo, depois avaliado. A cobertura da certificação foi de 95% ou 280 mil bovinos, 150 mil ovinos em 380 mil hectares.

Pensa-se na manutenção e re-certificação dos produtores já integrantes do PCUC e um aumento voluntário de pecuaristas, com ampliação da área de produtores participantes. Dentro dos desafios, busca-se passar de 493 a 1000 produtores certificados. Além disso, sobre o critério de certificação, espera-se que 100% cumpram com os requisitos. Quanto à eficiência, a informação será coletada em tablets com tecnologia Android.

Além disso, haverá um registro impresso do aval institucional. Também prevê-se um levantamento de dados para O SNIG.

Com o apoio do MGAP à rastreabilidade, é possível projetar  um plano agropecuário  até o fim do ano, que forneça capacitação à indústria frigorífica e  às organizações de produtores, afirma o engenheiro Acosta .

O responsável pelo projeto disse que sabe que isso não será feito de um dia para o outro, mas, com o tempo, será como a rastreabilidade e repercutirá nos valores. Dentro de 5 ou 6 anos, a certificação será um tema imprescindível.

Fonte:  El País Digital resumida e  adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Carmen Neusa Cortada disse:

    Felizmente também no Brasil está em fase final a edição de uma norma visando a certificação dos produtos pecuários nacionais (leite, carne suína, carne bovina).
    A norma será editada pelo Ministério da Agricultura e a adesão terá caráter voluntário.
    Ela visa dar garantias de atendimento às boas práticas, rastreabilidade, questões ambientais, trabalhistas e bem estar animal.
    O produto final poderá receber um selo no qual há além das informações referentes ao produto, o nome do Ministério, do INMETRO e da certificadora que auditou o processo. Toda uma cadeia de responsabilidade para dar garantia de atendimento aos requisitos.