O presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, disse que após a confirmação oficial do foco de febre aftosa no Brasil “haverá um re-ordenamento dos negócios de carne com a União Européia (UE)” e admitiu que “existem certas inquietações”.
Fratti encabeça a delegação de indústrias e produtores que participa na feira de alimentos Anuga 2005, que está sendo realizada na Alemanha.
Ele disse que “nunca é boa notícia que ocorra uma desgraça em nossos vizinhos, já que essa acaba muitas vezes repercutindo de forma negativa”. No entanto, ele disse que, neste caso, não acha que o Uruguai será prejudicado, já que o país tem uma grande barreira, de forma que os mercados não serão afetados negativamente desta vez.
O subsecretário de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Ernesto Agazzi, reconheceu ontem em uma conferência de imprensa que há “certo nervosismo” nos mercados internacionais pelo foco, e admitiu que o Uruguai poderia ter alguma vantagem comercial imediata pelo ocorrido, mas advertiu que isso não gera satisfação no Governo, cuja aposta estratégica é que se elimine a febre aftosa de toda a região. O cronograma nacional de vacinação contra a doença não terá modificações, segundo ele.
Fonte: El País, adaptado por Equipe BeefPoint