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Uruguai: importadores russos estão mais cautelosos

As perspectivas para a carne bovina uruguaia no mercado russo seguem boas, garantiu o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, direto da feira World Food Moscow. Os importadores russos estão se protegendo do aumento dos preços. Os preços internacionais da carne seguem em alta e as exportações do Uruguai mantêm essa tendência. Por isso, os compradores da Rússia estão especulando e esperando para concretizar negócios.

As perspectivas para a carne bovina uruguaia no mercado russo seguem boas, garantiu o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, direto da feira World Food Moscow. Os importadores russos estão se protegendo do aumento dos preços.

Os preços internacionais da carne seguem em alta e as exportações do Uruguai mantêm essa tendência. Por isso, os compradores da Rússia estão especulando e esperando para concretizar negócios com os frigoríficos uruguaios que estão participando da feira.

A Rússia foi o mercado de exportação mais importante para a carne uruguaia durante 2008, 2009 e 2010. Durante janeiro, os importadores russos compraram 8.723 toneladas, quando no mesmo mês do ano anterior, tinham comprado 7.951 toneladas. O mercado representa cerca de 32% do total exportado. Em termos de valor, as vendas do mês passado representaram US$ 23,417 milhões, contra US$ 14,373 milhões em janeiro de 2010, segundo dados do INAC.

Os russos estão esperando, precisam de carne e é provável que se concretizem alguns negócios com cortes procedentes do Uruguai. Normalmente, os russos compram cortes de dianteiro bovino e miúdos, mas, nas últimas semanas, compraram fígado e cortaram as compras, porque encontraram outros fornecedores dentro da região que ofereciam menores preços.

“Todo mundo está na expectativa sobre o que acontecerá no mercado internacional, então, está difícil fazer negócios”, disse Fratti. “Quem compra não sabe se está pagando caro ou barato e quem vende não sabe se estará protegido frente a mais aumentos do mercado internacional”. Para Fratti, o mercado russo “está estável. O que vemos é que as perspectivas para a carne uruguaia continuam sendo boas”.

Por outro lado, Fratti disse que o Cazaquistão, a última república soviética a declarar sua independência em 1989, tem muito interesse na carne bovina e ovina do Uruguai. Ele admitiu que a nomeação do Cônsul Honorário do Uruguai nesse país, Astarbek Tulemisof, é um grande avanço. Para Fratti, o mais importante do Cazaquistão é que seria um mercado novo para o Uruguai, tanto para cortes bovinos como ovinos. Fratti confirmou que no Cazaquistão há interesse de vários empresários locais em instalar restaurantes temáticos, como foi feito na China e na Espanha, para promover a carne uruguaia e a cultura do país.

O INAC já recebeu uma oferta para participar no mês de abril de uma feira alimentícia onde se poderá consolidar o vínculo comercial com os importadores russos e conseguir novos compradores. Os países dessa região da antiga União Soviética são muito importantes para o Uruguai, porque permitem a entrada de carne com osso e miúdos.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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