Frigoríficos uruguaios não estão conseguindo fechar negócios no mercado internacional de carnes bovina termoprocessadas. Porque o Brasil invadiu os mercados com seus produtos, baixou os preços, prejudicando o produto uruguaio.
De acordo com reportagem do jornal uruguaio, El País, os frigoríficos uruguaios não estão conseguindo fechar negócios no mercado internacional de carnes bovina termoprocessadas. Isso porque o Brasil, principal exportador deste produto (exporta 85% da carne cozida produzida) invadiu os mercados com seus produtos, baixou os preços, prejudicando o produto uruguaio.
A Coréia e a Rússia, que eram mercados muito bons para a carne cozida local e alguns miúdos, não estão comprando e, segundo fontes consultadas pelo El País, vinculadas às cinco plantas de produtos termoprocessados , atualmente não há demanda.
No caso do Frigorífico Canelones, liderado pelo grupo brasileiro Bertín, nos últimos 12 meses, apenas foram enviados dois contêineres com produtos termoprocessados ao mercado coreano. A demanda é muito baixa ou praticamente nula, disseram os industriais consultados.
Além disso, nenhuma empresa uruguaia conseguiu realizar nenhum negócio de carne cozida com o Japão desde que este mercado foi habilitado em cinco de junho de 2006.
No entanto, para o corned beef, produto exportado tradicionalmente aos Estados Unidos e Inglaterra, os preços estão estáveis, permitindo que as empresas realizem contratos a longo prazo.
A indústria de carnes do Uruguai está preocupada porque, em contraposição com o mercado, os preços do gado sobem e cada vez mais diminuem as margens, disseram alguns empresários do setor consultados.