A Associação Uruguaia de Produtores de Carne Intensiva Natural (Aupcin) está prevendo que nos próximos meses caia ainda mais a quantidade de gado confinado em seus currais de engorda. O aumento no preço dos grãos e o encarecimento da reposição – a valorização do bezerro foi largamente esperada pelos criadores – estão provocando a queda.
A Associação Uruguaia de Produtores de Carne Intensiva Natural (Aupcin) está prevendo que nos próximos meses caia ainda mais a quantidade de gado confinado em seus currais de engorda. O aumento no preço dos grãos e o encarecimento da reposição – a valorização do bezerro foi largamente esperada pelos criadores – estão provocando a queda.
“É difícil quantificar a queda. No ano passado, a Aupcin produziu entre 200.000 e 300.000 bovinos, mas esse ano, não sei se chegaremos a 200.000 cabeças e boa parte desses animais são os que se produzirão para a cota de carnes de alta qualidade da União Europeia (UE)”, disse o secretário executivo da instituição que agrupa os confinadores de gado do Uruguai, Álvaro Ferrés.
A Aupcin é a instituição pioneira na engorda de bovinos confinados e começou a produzir na década de 90, adaptando as condições produtivas do Uruguai a um sistema amplamente usado nos Estados Unidos. Hoje, os confinadores dos Estados Unidos vivem o mesmo problema que os uruguaios, agravado ainda pela seca. No Uruguai, os produtores tinham a sorte de que tinham grande oferta de sorgo – cujo único destino era o setor leiteiro ou a engorda de gado – para aproveitar, mas, diante do desestímulo de não ter um mercado seguro, a produção do grão baixará substancialmente.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.