Um relatório solicitado pelo Governo do Uruguai advertiu sobre o perigo de que frigoríficos brasileiros, que concentram plantas no Uruguai, formem um cartel que fixe preços prejudicando os produtores e recomendou "vigiar de perto" essas firmas, de acordo com El País.
Um relatório solicitado pelo Governo do Uruguai advertiu sobre o perigo de que frigoríficos brasileiros, que concentram plantas no Uruguai, formem um cartel que fixe preços prejudicando os produtores e recomendou “vigiar de perto” essas firmas, de acordo com El País.
O relatório afirma também que existem “importantes incentivos” para que os frigoríficos combinem políticas de fixação de preços (colusão) e “escassos incentivos para não fazê-lo”. Por isso, recomenda estabelecer de forma “explícita” uma série de “penalidades elevadas” que, no caso de se detectar colusão, “tenham relação com o volume de vendas das empresas”.
Essas conclusões e sugestões estão incluídas em um trabalho encarregado pelo Programa de Apoio à Defesa da Competição e Consumidor, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento para a Direção Geral de Comércio do Ministério da Economia do Uruguai. Uma das atividades do programa foi a elaboração de estudos setoriais, tendo sido feito uma análise da competição no setor de carnes.
O trabalho terminado em agosto deste ano, constou de quatro relatórios, sendo um deles sobre a competição no mercado de carne bovina. O relatório elaborado pelo engenheiro agrônomo, Juan Manuel Murguía, concluiu que “não foi demonstrada a existência de colusão, mas tampouco se pode descartar”.
Os custos de acordar ações contra um terceiro, ao contrário, são “quase inexistentes no Uruguai”. Enquanto a pena – por um acordo de colusão – no Uruguai seria mínima, no Brasil pode chegar a 1% até 30% do faturamento anual.
O mercado uruguaio, de acordo com o trabalho, apresenta “um grande número de condições que facilitam a colusão”. Entre elas, uma alta concentração de firmas, importante dificuldade para a entrada de novos participantes, muitos vendedores sem poder de negociação e empresas brasileiras com presença em vários mercados, entre outras.
O relatório advertiu que um terço dos abates está em mãos de duas empresas que fizeram acordo de fixação de preços no Brasil. Em fevereiro deste ano, um procurador geral recomendou a condenação dos oito frigoríficos, ainda que no segundo semestre tenha havido intenção dos acusados de fazer um acordo com a entidade de produtores que os denunciou.
Este antecedente “facilitaria a colusão no Uruguai” e inclusive se pode negociar no Brasil, afirma o estudo. O estudo sugere que se o Marfrig “faz um acordo no Brasil com Ernesto Correa – empresário brasileiro que controla o frigorífico Pul em Cerro Largo – “toda a região Norte do país estaria sob um único cartel” em função da presença em La Caballada em Salto e Tacuarembó”.
É por isso que o trabalho sugere “vigiar de perto” as empresas com antecedentes de colusão e aquelas “que tenham vínculos comerciais com as mesmas”.
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Os boiadeiros Uruguaios, sabemos muito bem com o que contamos, portanto, como em adiante segundo todas as previsões, o crescimento do Brasil estará liderando por muitos anos a todos outros do Sud America e se encaminhará por fim a ser o grande o Brasil que todos esperamos.
Os boiadeiros Uruguaios têm muitas mas esperanças pela exportacao de genética, Holstein e Herefort, a exportacao de gados em todas suas categorias e raças em piei para o Brasil, que servirão para que os boiadeiros do Brasil e quando a metodologia da importação de gado por parte dos Escritórios Rurais, faça-se um negócio corrente, os boiadeiros brasileiros nos sintam como seus fornecedores de “sangue de qualidade”. portanto, duvidamos que quaisquer das possíveis intentos de damping do Marftig recrudesça nos preços de nossas fazendas
Ricardo Eirea
Paysanos, o mercado esta muy caliente tanto aqui como lá no Uruguay, temos que marcar de perto, senão a brazina se vai com a piola.