As duas câmaras da indústria frigorífica do Uruguai, Associação da Indústria Frigorífica do Uruguai (Adifu) e a Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) se reuniram nessa semana com o ministro da Agricultura, Tabaré Aguerre, e propuseram trabalhar em conjunto para melhorar a inserção internacional. Também sugeriram um projeto para aumentar a produção.
As duas câmaras da indústria frigorífica do Uruguai, Associação da Indústria Frigorífica do Uruguai (Adifu) e a Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) se reuniram nessa semana com o ministro da Agricultura, Tabaré Aguerre, e propuseram trabalhar em conjunto para melhorar a inserção internacional. Também sugeriram um projeto para aumentar a produção.
Aguerre definiu como uma das metas posicionar melhor a pecuária do Uruguai no mundo, para que possa aproveitar e explorar suas vantagens competitivas no mercado mundial de carne. O país tem vantagens comparativas frente a seus vizinhos e competidores (Argentina e Brasil), já que está habilitado para exportar aos três mercados da América do Norte: Canadá, Estados Unidos e México.
A ideia é obter uma melhor inserção internacional, não somente em algum mercado novo, com os quais o Uruguai está em negociação sanitária que precede a admissão de produtos de origem animal, mas também, naqueles onde a carne uruguaia já tem uma presença marcada.
“Não fizemos propostas concretas, ao contrário, pusemo-nos à disposição naqueles temas que já tínhamos manifestado e temos total concordância”, disse o presidente da Adifu, Martín Secco. Segundo ele, o encontro com Aguerre “foi muito bom, muito aberto” e assegurou que “existe um bom marco de abertura para poder planejar os próximos quatro ou cinco anos”.
Além de trabalhar na definição das ações necessárias para conseguir potencializar o setor de carnes do Uruguai através de uma melhor inserção nos mercados, junto com os produtores, a indústria frigorífica falou ao ministro sobre um projeto que vem trabalhando há meses para melhorar a produção agropecuária.
Seco disse que, a grosso modo, a ideia promove o trabalho conjunto entre um grupo de fornecedores, outro de produtores – ainda não se definiu quantos serão de cada lado, mas será em função da demanda que tenham – a um agente financeiro e um mecanismo que ele acredita ser de fácil execução. “O gado rastreado do produtor será o bem que funcionará como garantia entre o momento em que o produtor compra insumos e vende seus animais, seja a outro pecuarista, à indústria frigorífica ou à exportação de gado em pé”. Ele disse que já estão trabalhando para que “as primeiras provas piloto comecem antes do inverno”.
Embora o projeto ainda esteja no rascunho, o prazo estimado para que fique pronto “será de duas ou três semanas. Nesse período, o teremos medianamente definido para comunicar seu funcionamento”. Secco disse que o ministro contribuiu com algumas idéias para o projeto, que serão levadas em consideração.
A iniciativa permitirá que a indústria frigorífica conte com uma oferta de gado mais uniforme, que possibilite abastecer melhor os mercados e aproveitar as oportunidades que surgem disso.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.