O diretor do Sistema de Identificação e Registro Animal (SIRA) do Uruguai, Gabriel Osorio, garantiu que a UE “não está exigindo do Uruguai animais com rastreabilidade, nem agora, nem no final do ano, e não há nada no horizonte que indique que exigirá animais rastreados”.
Não há previsões indicando que o Uruguai não poderá estar abatendo bovinos que não estejam rastreados, cuja carne será exportada à União Europeia (UE). A única exigência é que se cumpra com a normativa vigente.
O diretor do Sistema de Identificação e Registro Animal (SIRA) do Uruguai, Gabriel Osorio, tentou neutralizar o rumor de que os bovinos não rastreados não podem ir a frigoríficos para exportar sua carne à UE, como é a crença de muitos pecuaristas uruguaios. Osorio garantiu que a UE “não está exigindo do Uruguai animais com rastreabilidade, nem agora, nem no final do ano, e não há nada no horizonte que indique que exigirá animais rastreados”.
O rumor de que a UE exigiria até o final do ano somente animais rastreados cresceu no setor agropecuário do Uruguai. “Tudo isso surgiu desde que se fez um procedimento para a entrada ao abate segundo as exigências da UE, cumprir os 40 dias no estabelecimento e que os animais tivesse certiifcação sanitária”, disse o diretor do SIRA. Por conseguinte, “todos os animais que não cumpram com essa normativa não podem ser abatidos com destino à UE, mas não quer dizer que sejam animais que não tenham rastreabilidade. Por outro lado, animais que não tenham rastreabilidade e que cumpram com as exigências podem ir para a UE”.
Para flexibilizar a entrada ao abate de todos os animais que não podem entrar dentro das cotas da UE (nem cota Hilton, nem a 620), que são aqueles que não têm registro, não cumprem com o certificado sanitário ou, por algum motivo, não estão bem certificados, foram feitas resoluções ministeriais para que, em algum momento, se abrissem frigoríficos exportadores para fazer abates especiais para abastecimento interno.
“Animais sem rastreabilidade que cumprem com as exigências podem ser abatidos com destino à UE e poderão continuar sendo enquanto a UE não determinar coisas diferentes”.
O Uruguai começou com a rastreabilidade obrigatória dos bezerros a partir da primavera de 2006 e, desde então, são identificados bezerros nascidos em cada estação de cria (outono e primavera). No ano passado, foram identificados animais adultos, cerca de 2,5 milhões de cabeças que, em sua maioria, são vacas, mas esses animais não têm rastreabilidade.
O mais importante que o sistema tem hoje em dia é a identificação e o registro, bem como a certificação sanitária. O sistema aplicado pelo Uruguai é único no mundo e os europeus estão bem impressionados com o progresso do país e pela segurança dessa ferramenta que, por um lado, permitiram que o Uruguai garantisse a idade dos animais abatidos para a cota 620 (carne de alta qualidade procedente de animais terminados a grãos); são animais de menos de 24 meses. Por outro lado, por sugestão da própria UE, será feito no Uruguai de 5 a 7 de junho um seminário especializado destinado a técnicos da América Latina.
A reportagem é do site El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.