As carnes uruguaias receberam a permissão para voltar a entrar no mercado peruano desde o dia 30 de novembro, e a mesma decisão deverá ser, em breve, tomada pelo Chile. Além disso, uma missão russa encontra-se no país neste momento, o que também poderá resultar em permissão para a entrada gradativa da carne uruguaia neste mercado, segundo informou o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, Gonzalo González.
A abertura do mercado peruano foi informada ao Uruguai na manhã de terça-feira, segundo o ministro. A presença da delegação da Rússia no país está dentro do programado, e o ministro afirma que o país “terá a reabertura parcial” a este mercado, “primeiro os produtos de menor risco, e depois, os produtos de maior risco com relação à febre aftosa.”
Além disso, González disse que o país está programando uma missão para a Arábia Saudita, “com a intenção de abrir o mercado mais importante no mundo árabe.” O ministro citou também as conversas mantidas com o ministro da Agricultura do Chile, destacando que “a reabertura deste mercado está a muitos poucos dias de acontecer.” A princípio, o Uruguai exportaria cortes desossados e maturados para o Chile.
Gonzáles disse também que uma missão do MGAP está negociando com o Brasil, a fim de obter um maior alcance da indústria frigorífica do Uruguai neste mercado. O ministro acabou de retornar da República Dominicana, onde participou de uma nova reunião de ministros da Junta do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA), que analisou a orientação do órgão para o futuro próximo.
Essa orientação refere-se ao comércio agrícola e segurança alimentar, “sendo muito importante para o Uruguai a revitalização do trabalho que o IICA tem que fazer com relação à formação de recursos humanos destinados à agricultura.”
As exportações de carnes uruguaias durante o mês de novembro, logo após a reabertura do mercado da União Européia, aumentaram para 7,923 mil toneladas, 2,821 mil toneladas a mais do que foi registrado no mesmo período do ano anterior, quando o Uruguai, como país livre de febre aftosa, vendia sem nenhum tipo de limitação sanitária. Porém, o total de vendas no ano de 2001 – até 30 de novembro – teve queda em relação ao ano 2000 de 38% em volume e de 40% em valor. As vendas deste ano, até novembro, foram de 150,646 mil toneladas, contra 238,933 mil no ano 2000.
Fonte: El Observador, adaptado por Equipe BeefPoint