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USDA ajusta para cima estimativas para áreas de soja e milho nos EUA

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a área com soja no país deverá alcançar 30,79 milhões de hectares no ciclo em curso, acima dos 30,58 milhões de hectares esperados por analistas e dos 29,9 milhões de hectares estimados pelo órgão em março.

Apesar das especulações nos últimos meses sobre o possível aumento na área cultivada com soja nos Estados Unidos nesta safra 2012/13 – o que ajudaria a aliviar a tensão com a oferta apertada após a quebra da safra 2011/12 na América do Sul -, quando o avanço foi confirmado, na sexta-feira passada (29), o mercado praticamente deu de ombros para os números.

Os motivos? O bom humor do mercado financeiro e a derrocada do dólar, por conta de uma nova onda de otimismo na zona do euro, uniram-se aos temores com o “mercado de clima” e sustentaram os grãos – ainda que alguns dados do relatório possam ser considerados baixistas.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a área com soja no país deverá alcançar 30,79 milhões de hectares no ciclo em curso, acima dos 30,58 milhões de hectares esperados por analistas e dos 29,9 milhões de hectares estimados pelo órgão em março.

A projeção para o milho também cresceu. A área do cereal foi calculada em 39 milhões de hectares, ante os 38,83 milhões aguardados pelo mercado e os 38,79 previstos no último relatório do USDA. “Os preços tiveram uma reação inicial negativa, mas depois o foco retornou ao clima”, afirma Pedro Dejneka, analista da Futures International.

Assim, na bolsa de Chicago, os contratos de soja para agosto (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente de maior liquidez) fecharam em forte alta de 35,50 centavos, a US$ 14,8175 por bushel. Os papéis de vencimento mais curto, para julho, encerraram acima de US$ 15 por bushel, patamar próximo do recorde histórico.

Os mapas climáticos divergem. Para esta semana, existem chuvas tanto no modelo europeu de previsão quanto no americano, mas as precipitações nos mapas europeus são menos abrangentes e mais leves. Como o clima seguiu desfavorável nos últimos dias, uma nova queda na qualidade das lavouras de soja e milho deve ser anunciada hoje.

“Esperamos um recuo de 2% a 4% nas lavouras americanas consideradas boas ou excelentes”, diz Vinícius Ito, analista do Jefferies Bache, em Nova York. O momento é mais crítico para o milho, que se aproxima da polinização, fase determinante para o nível de produtividade. “O rendimento do grão nos EUA pode ficar abaixo de 10 toneladas por hectare”, acredita o analista.

Ainda no relatório de sexta-feira, o USDA apontou estoques americanos de soja em 18,15 milhões de toneladas em 1º de junho, um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. “Apesar da alta, no contexto, esse número ainda é apertado. Os estoques na América do Sul estão quase zerados, o que significa que os dos EUA provavelmente terão que aguentar a pressão do mercado importador até a entrada da nova safra, em outubro”, diz Dejneka.

Em relação ao milho, houve um decréscimo nos estoques de 14%, para 80 milhões de toneladas, abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para 80,8 milhões de toneladas.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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