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USDA determina que processadoras de carnes precisarão tomar mais medidas contra E.coli

Cerca de 60% das maiores processadoras de carnes dos Estados Unidos falharam em cumprir com as regulamentações de segurança dos alimentos que visam a prevenção de contaminação de seus produtos com a bactéria E.coli, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA) na terça-feira.

Esta nova informação, que veio após uma série de grandes recalls de produtos no ano passado ligados a casos de doenças após a ingestão da carne, mostrou que as companhias precisam tomar mais medidas para manter seu produto saudável, informaram grupos de consumidores.

Em setembro passado, o USDA determinou que todos os abatedouros e processadores que moem carne precisariam reexaminar seus sistemas de segurança dos alimentos após os inspetores terem descoberto que a E.colo O157:H7 era mais prevalente em carnes do que como se pensava antes.

Uma revisão preliminar destas reavaliações mostrou que 60% das 35 maiores processadores de carne do país não cumprem com as regulamentações federais referentes à segurança dos alimentos, disseram oficiais do USDA.

O USDA disse que esta foi a primeira avaliação do sistema chamado Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC (Hazard Analysis and Critical Control – HACCP), que foi implementado no final da década de noventa como uma forma de as companhias controlarem a segurança dos alimentos em todo o estabelecimento.

Entretanto, o USDA subestimou estas descobertas, dizendo que os consumidores não precisam ficar alarmados. “Estes são assuntos científicos e esquemáticos e não assuntos diretamente relacionados à segurança dos alimentos”, disse o administrador do Serviço de Inspeção e Segurança dos Alimentos do USDA (FSIS/USDA), Garry McKee. Por exemplo, muitos estabelecimentos não podem verificar seus sistemas de segurança dos alimentos que previnem a contaminação com E.coli, disse ele.

A infecção humana por E.coli O157:H7, tipicamente adquirida através do consumo de alimentos ou água contaminada, causa diarréia com sangue, vômito e espasmos musculares. Em alguns casos, comumente envolvendo idosos ou crianças pequenas, pode levar à falência renal e morte.

As processadoras que foram avaliadas no estudo foram solicitadas a resolver os problemas dentro de 30 dias, disse McKeen. As companhias de carne também estão sendo solicitadas a adicionar pelo menos uma salvaguarda em seus sistemas de segurança dos alimentos como um passo extra para reduzir os riscos de E.coli.

Com o financiamento recorde proposto para estes programas de segurança alimentar em 2004, o USDA disse que começará a impor a “próxima geração de reforço” nas indústrias de carnes dos EUA como parte de sua “guerra contra a E.coli”.

A E.coli O157:H7 causa uma estimativa de 73 mil infecções e 61 mortes nos EUA por ano, de acordo com dados do governo. A bactéria é destruída quando a carne é cozida a pelo menos 160 graus Fanhrenheit (71,1oC).

Fonte: Reuters (por Randy Fabi), adaptado por Equipe BeefPoint

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