O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou nesta segunda-feira, 12, algumas regras para a exportação de carne bovina para a China, em um momento em que processadoras de carne e pecuaristas norte-americanos se preparam para o fim de um embargo que já dura mais de 13 anos.
Para conseguir uma fatia dos cerca de US$ 2,6 bilhões que a China gasta anualmente com carne bovina, produtores dos EUA terão de ser capazes de rastrear o gado desde sua origem ou desde a porta de entrada nos EUA para animais vindos do Canadá e do México, disse o USDA.
A reabertura do mercado chinês à carne bovina dos EUA faz parte de um acordo comercial mais amplo anunciado em maio pela administração do presidente Donald Trump e por autoridades chinesas. Em 2003, a China suspendeu a importação de carne norte-americana alegando preocupações com a segurança alimentar após casos da doença da vaca louca.
A proibição foi um duro golpe para a indústria norte-americana, que em 2002 forneceu 70% da carne bovina importada pela China. A decisão se mostrou ainda mais relevante nos anos seguintes, à medida que a crescente classe média chinesa tornou o país asiático o mercado de mais rápida expansão para a carne bovina.
A reabertura da China à carne dos EUA também vai aumentar consideravelmente o mercado potencial na Ásia. Atualmente, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan gastam um total de aproximadamente US$ 3,6 bilhões ao ano com carne bovina.
Fonte: Dow Jones Newswires, publicado no Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.