O rebanho bovino do Brasil deverá se expandir – para atingir quase 178 milhões de cabeças no início de 2007 – devido a maiores investimentos em genética animal (particularmente com programas de cruzamento de raças) e a melhoria nas pastagens e nas práticas de manejo – de acordo com um relatório recente do Serviço Agrícola Externo (Foreign Agriculture Service – FAS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A expansão do rebanho e o aumento na produtividade levarão ao aumento da produção de carne bovina, que deverá subir 6% em 2006, em resposta à forte demanda doméstica e de exportação. As exportações deverão aumentar em 15% até 2007 com relação aos níveis de 2005, para 2,2 milhões de toneladas, por causa das agressivas e estratégicas campanhas de marketing, dos preços de exportação competitivo e das contínuas oportunidades devido ao surgimento da doença da ‘vaca louca’ em países exportadores de carne bovina.
Os principais mercados-alvo de exportação para o Brasil em 2006 deverão ser China, Oriente Médio, Rússia e Chile, apesar de a União Européia (UE) dever continuar sendo o maior destino da carne bovina brasileira.
Entretanto, uma série de restrições poderá influenciar no aumento projetado na produção de carne bovina em curto prazo, incluindo: a contínua valorização do Real, as maiores taxas de juros domésticas (atualmente de 19%), incertezas e menor confiança dos consumidores associadas com a atual crise política, falta de financiamento para programas governamentais sanitários e de inspeção, menores preços dos bovinos e menor crescimento econômico em 2006 (comparado com 2005).
O relatório do USDA também discutiu o atual status do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SISBOV), que foi oficialmente anunciado em 2002. O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) brasileiro estima que atualmente mais de 50 milhões de animais estão no programa, o que simboliza aproximadamente 30% do rebanho bovino total do País.
O relatório também informa que houve progresso na erradicação da febre aftosa no Brasil. Cerca de 84% do rebanho bovino do País é livre de febre aftosa com vacinação. O Governo espera que o país seja completamente livre da doença até o final de 2006.
Fonte: Meat and Livestock Australia (MLA), adaptado por Equipe BeefPoint
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Ou os americanos sabem do nosso mercado mais que nós mesmos, ou esse artigo está atrasado em 2 ou 3 anos.
Se pegarmos esse artigo e voltarmos esse período, tudo estaria confirmado, mas agora?
Não é possível que os números que tínhamos do rebanho estejam tão errados, e também não vejo expectativa de aumento da demanda interna.
Mas vamos esperar pra ver…