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USDA: EEB gera impactos no comércio mundial de carne bovina

O Brasil deverá ultrapassar a Austrália em 2004 se tornando o maior país exportador de carne bovina do mundo, de acordo com as previsões feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com uma maior produção devido a melhoramentos genéticos, ao manejo na produção de bovinos e à moeda atraente, as exportações brasileiras deverão aumentar 15%, atingindo o volume de 1,35 milhões de toneladas em 2004. Vale destacar que este resultado virá sem a carne in natura brasileira estar apta a entrar nos mercados do norte da Ásia e da América do Norte devido ao status do país com relação à febre aftosa.

De acordo com o USDA, as exportações da Austrália deverão aumentar em 3%, para 1,3 milhão de toneladas, à medida que este país preencha algumas das lacunas deixadas pela carne bovina dos EUA no Japão e na Coréia do Sul.

Outros países que deverão ter um aumento nas exportações de carne bovina neste ano são Índia (incluindo carne de búfalo), Argentina e Uruguai. Estes países competem com a Austrália na maioria dos mercados de carne bovina.

O USDA espera que as exportações dos EUA caiam 83% em 2004, para 195 mil toneladas, devido ao fechamento da maioria dos mercados de exportação para sua carne bovina. Ao fazer esta projeção o USDA assumiu que as barreiras de importação que estavam ativas em 30 de março permanecerão durante todo o período analisado.

Com relação às importações, Japão, México e Coréia deverão importar menos produtos em 2004 do que no ano anterior, de acordo com o USDA. Estes três países são dependentes das importações de carne bovina dos EUA e apesar das tentativas feitas pela Austrália e pela Nova Zelândia de preencher este espaço, o USDA acredita que este não será completamente preenchido.

As importações do Japão deverão cair 36% com relação aos níveis de 2003, para 520 mil toneladas. As importações da Coréia deverão sofrer um golpe maior, caindo 55%, para 200 mil toneladas. No México, as importações poderão cair até 32%, apesar da retirada parcial das restrições de importações à carne bovina dos EUA, permitindo a importação de carne de bovinos de menos de 30 meses de idade.

Fonte: Meat and Livestock Australia (MLA), adaptado por Equipe BeefPoint

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