As exportações de carne bovina terminaram o ano em 1,287 milhão de toneladas no valor de US$ 5,42 bilhões. Isso quebrou o recorde de volume de 2003, de 1,274 milhão de toneladas, e ultrapassou facilmente o recorde de valor de 2010, de US$ 4,08 bilhões. O volume exportado foi 21% maior do que em 2010 e o valor foi 33% maior.
De acordo com as estatísticas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compiladas pela Federação de Exportação de Carnes dos Estados Unidos (USMEF), as exportações de carne bovina dos Estados Unidos alcançaram recordes em volume e em valor em 2011. As exportações de carne bovina terminaram o ano em 1,287 milhão de toneladas no valor de US$ 5,42 bilhões. Isso quebrou o recorde de volume de 2003, de 1,274 milhão de toneladas, e ultrapassou facilmente o recorde de valor de 2010, de US$ 4,08 bilhões. O volume exportado foi 21% maior do que em 2010 e o valor foi 33% maior.
Apesar do desempenho que quebrou recordes em 2011, o presidente da USMEF, Philip Seng acha que a USMEF e seus parceiros da indústria deixaram espaço para um sucesso ainda maior no futuro. “A demanda por carnes vermelhas dos Estados Unidos nunca esteve tão forte e estamos bem posicionados para construir sobre esse sucesso. Temos ferramentas de marketing para mostrar a qualidade e a consistência dos produtos dos Estados Unidos, com nossa indústria sendo capaz de distribuir a um preço muito competitivo e os usuários finais sendo capazes de utilizar de maneiras extremamente criativas e inovadoras. Oportunidades reais existem para um maior crescimento e a USMEF pretende capitalizar sobre esse forte momento”.
O valor de exportação do novilho e da novilha gordos abatidos registrou um recorde de US$ 206,37 em 2011, o que foi mais de um terço a mais que no ano anterior (US$ 153,09). As exportações de carne bovina equivaleram a 14% da produção total, incluindo cortes de músculos e miúdos. Para cortes de músculos somente, as exportações totalizaram 11% da produção total. Em 2010, essas proporções eram de 11,7% e 9%, respectivamente. “Nós diversificamos bastante nossos destinos de exportação de carne bovina e, fazendo isso, cobrimos o nível de exportações que tínhamos antes da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)”, disse Seng.
Em dezembro, as exportações de carne bovina excederam os níveis do ano anterior em cerca de 6% em volume (108.691 toneladas) e em 17% em valor (US$ 476,2 milhões) – registrando o maior volume mensal desde setembro e o maior valor total desde agosto. O Canadá foi o mercado de maior valor para a carne bovina dos Estados Unidos em 2011, alcançando US$ 1,03 bilhão – 41% a mais que em 2010. O volume exportado ao Canadá aumentou em 25%, para 191.047 toneladas. O México foi líder em volume, comprando 256.938 toneladas (aumento de 4% com relação a 2010), com o valor de exportação totalizando US$ 985,3 milhões (aumento de 20%).
Já as exportações ao Japão aumentaram em 27% em volume (158.646 toneladas) e em 37% em valor (US$ 874,4 milhões), enquanto as exportações à Coreia cresceram em 37% em volume (154.019 toneladas) e cerca de um terço em valor (US$ 686 milhões), à medida que os Estados Unidos tomaram uma parte significante do mercado da Austrália.
“Programas como ‘We Care’ no Japão e ‘To Trust’, na Coreia, foram muito bem sucedidos na reconstrução da confiança dos consumidores e no posicionamento da carne bovina dos Estados Unidos com sucesso nesses mercados. A segurança continua sendo uma preocupação significante para nossos clientes nesses dois países, mas estamos alcançando um ponto em que podemos focar mais na qualidade e no prazer de consumo dos produtos dos Estados Unidos. Isso é o que nos fez o fornecedor número 1 nesses mercados antes de 2003 e, através de um marketing efetivo, será um fator direcionador que nos permitirá recuperar essa posição”.
O Acordo de Livre Comércio entre Estados Unidos e Coreia recentemente ratificado oferece excelentes oportunidades de crescimento para a carne bovina e suína, mas os exportadores norte-americanos estão especialmente ansiosos em obter a redução da tarifa de 40% sobre a carne bovina imposta pela Coreia, que será removida em fases nos próximos 15 anos.
Outros destaques das exportações de carne bovina em 2011 incluem o desempenho recorde no Oriente Médio, onde o volume cresceu 30%, para 175.181 toneladas e o valor aumentou 36%, para US$ 355,9 milhões. A Rússia também registrou novos recordes em volume (72.797 toneladas, com aumento de 27%) e em valor (US$ 255,9 milhões, com aumento de 68%), com uma maior cota sujeita a tarifas oferecendo boas previsões para mais crescimento em 2012. A cota do ano passado era de 41.700 toneladas, mas a Rússia aumentou essa cota para 60.000 toneladas nesse ano. A carne bovina dos Estados Unidos ainda não está autorizada a ser exportada para a China, mas novos recordes foram registrados em Hong Kong, de 50.705 toneladas (aumento de 28%) no valor de US$ 237 muilhões (aumento de 50%) e Vietnã, com US$ 192 milhões (aumento de 17%, com um volume de 44.643 toneladas alcançando o recorde de 2009).
Liderados pelo forte desempenho no Peru e na Guatemala e pelo excepcional crescimento no Chile, as exportações à América Central e do Sul cresceram para níveis recordes de 25.823 toneladas (aumento de 53%) no valor de US$ 85,5 milhões (aumento de 83%). A carne bovina dos Estados Unidos também ganhará um alívio significante nas tarifas do Panamá e da Colômbia como resultado dos acordos comerciais mencionados.
Os dados são da USMEF, traduzidos e adaptados pela Equipe BeefPoint.