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USDA prevê que exportação de carne brasileira deve crescer em ritmo menor em 2005

A valorização do real frente ao dólar deverá tornar as exportações brasileiras de carne bovina menos competitivas no mercado internacional. Com isso, os embarques poderão crescer em menor ritmo dos últimos cinco anos, prevê estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As exportações de carne de boi e novilhos poderão crescer 14%, para 1,85 milhão de toneladas neste ano. No ano passado, os embarques tinham registrado crescimento de 39%. Nos últimos quatro anos, a média era de aumento de 36%.

Os exportadores enfrentarão dificuldades com a valorização de 17% do real frente à moeda norte-americana nos últimos meses. O câmbio torna a carne brasileira menos competitiva, prevê o USDA.

Os embarques também devem cair porque a Rússia, segundo maior mercado da carne brasileira, reduziu as compras após um caso de febre aftosa no Amazonas em setembro do ano passado.

No ano passado, o aumento da demanda provocou alta de 15% nos preços da carne bovina brasileira, afirma o funcionário da embaixada americana em Brasília e autor do relatório, João F. Silva. Os preços médios na exportação foram de US$ 2.197,31 a tonelada, superiores aos US$ 1.911,33 por tonelada em 2003.

As cotações historicamente elevadas encorajaram criadores a expandir a produção. A produção de carne bovina poderá aumentar 6%, para 8,46 milhões de toneladas neste ano. Em 2004 foi de 7,98 milhões de toneladas.

No ano passado, a União Européia foi a maior compradora da carne bovina brasileira. Aproximadamente 30% de toda carne comprada pela UE eram brasileiras, um aumento em relação aos 26% apurados em 2003.

Os Estados Unidos estão em fase final de negociação na expectativa de iniciarem as importações de carne bovina in natura do Brasil. Atualmente os americanos são os principais importadores de carne bovina cozida brasileira.

O Brasil conquistou a liderança do mercado internacional de carne bovina no passado, beneficiado pela quebra da produção na Austrália, atingida por um período prolongado de seca. Em 2006, é possível que o País alcance também a liderança das exportações em receita, superando também os australianos.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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