Fechamento – 15:22 – 12/12/01
12 de dezembro de 2001
Panorama do mercado europeu de carne bovina
14 de dezembro de 2001

“Vaca louca” abre mercados para carne de MT

Mato Grosso tem na mira um grande mercado para a carne fresca que exporta: o dos Estados Unidos. Mas enfrenta um grande problema, insuperável, por enquanto – as barreiras sanitárias que os americanos impõem para esse produto, um protecionismo disfarçado reconhecido inclusive pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Nós temos que ser competentes nos próximos 4 anos para colocar a carne fresca no mercado americano” – afirma o representante do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo) no Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), Luís Carlos Meister.

Para conseguir futuramente superar a barreira sanitária da carme fresca nos Estados Unidos, Mato Grosso tem que continuar lutando pela sanidade de seu rebanho e melhorando a qualidade dos produtos bovinos.

Azar de uns, sorte de outros. A Argentina e o Uruguai, que eram áreas livres de febre aftosa, sem vacinação, foram surpreendidos com o reaparecimento da doença e vão levar alguns anos para recuperar a posição que perderam. O Brasil, naturalmente, abocanhou uma considerável fatia do mercado perdido pelos seus vizinhos.

No Japão, o surgimento da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como doença da “vaca louca”, praticamente fechou as portas do mercado japonês para países que usam rações produzidas com proteínas animais na criação de bovinos. A Inglaterra, também com medo da “vaca louca”, abateu quase todas as suas matrizes, pois a doença só ataca fêmeas adultas, e vai demorar muito tempo para voltar a competir no mercado internacional da carne bovina.

A China é um mercado muito atraente para o Mato Grosso. Com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, a China importa por ano 700 milhões de toneladas de alimentos, incluindo, naturalmente, proteínas animais. A entrada do país na OMC, formalizada nesta semana, obriga a China a reduzir suas alíquotas para produtos importados. Até 2005, a alíquota da carne bovina cai de 45% para 15% e a do frango de 20% para 10%.

Fonte: Diário de Cuiabá, adaptado por Equipe BeefPoint

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