Vaca louca: Canadá confirma novo caso da doença

O governo canadense confirmou mais um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da “vaca louca”, na província de Alberta. O resultado confirma teste preliminar realizado na semana passada, de acordo com a Agência de Inspeção de Alimentos do Canadá.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que o novo caso de doença não vai afetar os planos do governo norte-americano de importar, a partir de março, animais vivos canadenses com menos de 30 meses. Há 19 meses os EUA proibiram a importação de carne bovina e animais vivos por conta da descoberta de um animal contaminado na mesma província canadense. O plano foi anunciado na semana passada, apenas um dia antes da confirmação da doença no Canadá.

“Desde que o Canadá adote medidas para prevenir a contaminação de seres humanos e outros animais, não haverá problema”, disse o porta-voz do USDA, Jim Rogers. Segundo ele, o departamento já havia considerado a possibilidade de novos casos da doença no Canadá.

Segundo o porta-voz da agência canadense, Marc Richard, o animal infectado é uma vaca leiteira nascida em outubro de 1996 em uma fazenda da província de Alberta. Richard afirmou que nenhuma parte do animal infectado entrou na cadeia alimentar.

Apesar do anúncio do fim do embargo em março, um grupo de fazendeiros dos Estados Unidos criticou a medida adotada pelo governo. Para eles, “os EUA foram precipitados ao relaxar as regras de importação de animais vivos do Canadá”. O grupo pretende pedir que o Congresso questione a decisão do USDA.

Já a associação de produtores do Canadá disse que a confirmação da doença é um reflexo da melhora nos métodos de pesquisa e testes da doença no país. “Com esta melhora, nós permanecemos otimistas na gradual abertura dos mercados”, disse o vice-presidente executivo do grupo canadense, Dennis Laycraft.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Fabíola Gomes), adaptado por Equipe BeefPoint