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Vacina antiaftosa atinge 98,5% do rebanho bovino em Goiás

Encerra-se hoje, depois de 84 dias, a segunda etapa anual da campanha antiaftosa de 2001, inicialmente prevista para durar apenas um mês. Um balanço preliminar foi divulgado ontem pelo secretário da Agricultura, José Mário Schreiner, indicando que já estavam vacinados 98,5% do rebanho bovino goiano, estimado em 18,7 milhões de cabeças.

Embora já supere o valor da etapa anterior, que foi de 98,1%, o secretário acredita que esse índice pode melhorar ainda mais. José Mário explica que ainda devem chegar notas de aquisição de vacinas aos escritórios regionais da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário (Agenciarural), órgão subordinado à Secretaria da Agricultura e executor da campanha antiaftosa. “É possível que o balanço final apresente números ainda mais significativos”, diz o secretário, acrescentando que, apesar de difícil, a meta deve ser sempre a imunização de 100%; embora a Organização Internacional de Epizootias (OIE) considere aceitável até 85%.

A grande dificuldade nessa etapa da campanha não foi a intensidade das chuvas, mas a falta intermitente de vacina no mercado, o que obrigou a Defesa Animal a prorrogar por duas vezes o período de vacinação.

“Nosso entendimento foi de que, em hipótese alguma, o produtor poderia ser penalizado por uma situação sobre a qual não tinha qualquer responsabilidade”, diz o secretário. Mas José Mário admite que nem mesmo a dilatação do prazo explicaria um desempenho tão positivo da campanha, se não fosse o elevado nível de conscientização do produtor em relação à importância da erradicação da aftosa.

Prova disso, segundo ele, é que até agora a vacinação foi registrada em 110 mil propriedades rurais, contra 108 mil no ano passado. “Acreditamos que esse aumento se deve sobretudo à adesão de micro e pequenos produtores, segmentos que antes apresentavam maior resistência à campanha”, diz José Mário.

O secretário lembra que há sete anos o Estado não registra qualquer caso de febre aftosa e desde o ano passado está certificado como área livre com vacinação. Em 2003 deverá postular o novo status de área livre sem vacinação. Ele argumenta, entretanto, que o fato de Goiás ter erradicado a aftosa do seu rebanho reforça a necessidade de maior rigor na observância da legislação sanitária, para que não ocorra um retorno da doença, como aconteceu no Rio Grande do Sul recentemente.

Segundo o secretário, já na segunda-feira os fiscais da Agenciarural iniciam a operação arrastão em todo o Estado para identificar eventuais propriedades que não tenham vacinado seus rebanhos. Nesses casos, o produtor fica sujeito a uma multa de R$ 5,30 por animal, se for primário, e de R$ 10,60, quando reincidente. Além disso, se o pecuarista não imunizar o rebanho em 72 horas após a notificação, a vacinação pode ser feita pelos funcionários da Defesa Animal, com todas as despesas por conta da propriedade.

Fonte: O Popular Online/GO, adaptado por Equipe BeefPoint

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