Pernambuco encerra hoje (14) a segunda etapa da vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa, com o desafio de sair da classificação de risco desconhecido, compartilhada com outros cinco estados nordestinos (Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí).
O secretário de Produção de Reforma Agrária de Pernambuco, Gabriel Maciel, disse que, neste ano, o governo estadual liberou uma cota extra de R$ 1,4 milhão para acelerar o cadastramento da pecuária no estado. A idéia do zoneamento é calcular o tamanho do rebanho pernambucano e o número de propriedades em operação.
Maciel afirmou que 20% do cadastramento foram concluídos e que a expectativa é passar para área de risco médio em 2004. “Em 2005, o Brasil precisa cumprir a meta estabelecida junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) de erradicar a febre aftosa no País. Essa é uma condição fundamental para garantir nossa posição como importante exportador de carne no cenário internacional”, observou.
Com investimentos iniciais de R$ 400 mil, o cadastramento é realizado em parceria com o Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (IPAD). Uma das novidades é que o cadastro pernambucano será informatizado. Com pelo menos 40% do zoneamento concluído, já é possível entrar com um pedido de mudança de classificação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, segundo o secretário.
A Secretaria de Produção Rural e Reforma Agrária (SPRRA) estima a existência de um rebanho de 1,2 milhão de animais e 200 mil propriedades espalhadas por todo o Estado.
Mesmo sem receber repasses do governo federal para a área de fiscalização sanitária desde 2000, Pernambuco conseguiu avançar nas ações de combate à febre aftosa. “Desde janeiro de 1998, não registramos casos da doença”, comemorou Maciel. O secretário também destacou a criação da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária, a constituição do Conselho Gestor Estadual de Erradicação da Febre Aftosa e a elaboração de uma legislação de defesa sanitária animal e vegetal, como passos importantes no processo.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Adriana Guarda), adaptado por Equipe BeefPoint