O Estado do Mato Grosso do Sul imunizou no ano passado 1.536.776 milhão de fêmeas de três a oito meses contra a brucelose. De acordo com a veterinária e coordenadora do Programa de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose do Estado do Mato Grosso do Sul, Ilda Francisca Neves Bottene, apenas 23.126 mil fazendas imunizaram suas fêmeas, enquanto que o território detém 61.545 mil propriedades. “O Estado possui cerca de 2,5 milhões de fêmeas”, conta Ilda.
A coordenadora revela que após a exigência anunciada em janeiro passado pelo governo federal sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a brucelose, o índice de fêmeas vacinadas cresceu no primeiro bimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2002. “Em fevereiro deste ano, tivemos um aumento de 18% no número de vacinas”, comemora.
Ilda informa também que a enfermidade pode ser transmitida ao homem pelo consumo da carne ou leite in natura, além de comprometer a produtividade de todo o rebanho. “A enfermidade pode causar aborto em fêmeas, esterilidade em machos e fêmeas e queda da libido, o que prejudica na cobertura de fêmeas”, diz.
Além de melhorar as condições do rebanho, a prevenção contra a brucelose é fator importante para a saúde pública do País, ou seja, os produtos de origem animal vão para a mesa dos brasileiros com uma qualidade superior.
O preço da dose contra a brucelose varia de R$ 0,42 a R$ 0,47. Segundo a coordenadora do Programa, a vacinação contra a enfermidade segue durante o ano e se faz necessário o auxilio de um médico veterinário para orientar os pecuaristas. Embora a vacinação seja obrigatória, ainda não há punição para o produtor que não imunizar o rebanho.
Fonte: Juliano Fantazia, da Equipe BeefPoint