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Vacinação contra febre aftosa começou em 14 estados e no DF

Começou ontem em 14 estados mais o Distrito Federal, a 1a etapa de vacinação contra a febre aftosa do ano 2002. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, lança a campanha oficialmente na sexta-feira (03/05), em Uberaba (MG), durante a Expozebu. Com o lema “Brasil livre de aftosa. O Gado que todo o mundo quer”, a campanha atingirá mais de 100 milhões de cabeças do rebanho bovino em SP, MG, MT, MS, GO, SE, PB, MA, AC, RO, PA, PI, PR, TO e DF.

Para garantir a proteção do rebanho nos estados onde haja atraso no fornecimento da vacina, o Mapa, prorrogou por 30 dias a realização dessa etapa, que seria encerrada em 31 de maio. A segunda etapa de vacinação será em novembro. O calendário nacional de vacinação foi estabelecido em junho de 1996, por meio de portaria da Secretaria de Defesa Agropecuária e integra o Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa.

A diretora do Departamento de Defesa Animal, Denise Euclydes Mariano, explica que as indústrias produtoras de vacinas devem obedecer às normas e regulamentos estabelecidos pelo ministério, com o objetivo de garantir a qualidade do produto a ser utilizado. Ela acrescenta que toda a vacina contra febre aftosa, para ser liberada no comércio, deve passar por controle oficial e apresentar padrões mínimos de qualidade. “Repassamos a demanda de 2002 para a indústria produtora antecipadamente, mas verificamos um elevado percentual de reprovação nos testes de qualidade e, por isso, preferimos prorrogar o prazo para a vacinação da etapa de maio”, informou.

Pratini de Moraes alerta sobre a importância de o produtor obedecer ao calendário. “O Brasil tem um programa nacional que prevê a erradicação da febre aftosa em todo o território nacional até 2005, por isso é fundamental que os produtores vacinem seu rebanho”. Ele lembrou que a erradicação da febre aftosa é o “passaporte” de entrada da carne brasileira no mercado internacional. “Precisamos eliminar essa barreira sanitária que ainda prejudica a inserção do produto brasileiro em novos mercados”, disse.

Prorrogação

A decisão de prorrogar o prazo, antes mesmo de iniciada a campanha, foi anunciada depois de reunião do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, com o coordenador do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira. O dirigente do fórum levou ao ministro a proposta de alongamento do prazo de imunização do rebanho bovino, sob o argumento de que o estoque de vacina disponível, somado ao que o próprio ministério prevê liberar em maio, não seria suficiente para atender toda demanda do Circuito Pecuário Centro-Oeste, estimada em 120 milhões de doses.

De acordo com Nogueira, sem a alteração do calendário da campanha, o déficit de medicamento no final do prazo poderia chegar a 30 milhões de doses.

O secretário da Agricultura de Goiás, José Mário Schreiner, acredita que, “com esse prazo adicional o produtor terá como vacinar seu rebanho com tranqüilidade e sem ter de se submeter ao oportunismo de alguns comerciantes, que insistem na prática de vendas casadas do medicamento com outros produtos”.

Esse também é o entendimento do presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Maurício Faria, que vê na prorrogação da campanha antiaftosa um estímulo para que o produtor seja mais rigoroso ainda no trabalho de imunização do rebanho.

Fonte: Mapa e O Popular/ GO (por Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint

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