Vacinação em Rio Grande prossegue em ritmo acelerado

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul iniciou sábado (15/12) a vacinação contra a febre aftosa no município de Rio Grande. O objetivo da operação é preservar o rebanho local dos riscos devido ao intenso fluxo de turistas na região. Até às 18h de ontem foram vacinados 9.501 bovinos em 230 propriedades na área infectada, correspondente ao raio de três quilômetros de onde ocorreram os focos. A previsão é que sejam imunizados, nesta região, cerca de 27 mil animais. Na segunda-feira foram vacinados, ainda, 135 bovinos de 72 criadores da Ilha dos Marinheiros e 995 animais de 66 produtores da Ilha de Torotama. O resultado exclui o trabalho realizado ontem por quatro das 14 equipes de vacinação em atuação na área infectada.

O secretário da Agricultura e Abastecimento, José Hermeto Hoffmann, observa que Rio Grande recebe um grande número de turistas do Mercosul, muitos deles trazendo produtos de origem animal, potenciais transmissores do vírus da aftosa. “Os turistas são bem vindos ao Estado, mas é preciso lembrar que muitos são oriundos de países onde ainda existem focos ativos da doença”, enfatiza.

O diretor do Departamento de Produção Animal, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), Celso Bittencourt dos Anjos, explica que a antecipação da vacina se justifica pelo fato de que a região que foi afetada pelos focos em Rio Grande encontra-se em área balneária, próximo à praia do Cassino. “Com o início da temporada de veraneio, o local terá um grande afluxo de turistas, entre eles, muitos uruguaios e argentinos”, salienta. Para o processo de imunização, foram montadas 23 equipes de vacinadores oficiais, nas quais 14 atuarão no raio de três quilômetros de onde ocorreram os focos em junho e julho deste ano, e nove no restante do município.

Vacinas

Desde segunda-feira estão disponíveis as autorizações para a retirada das vacinas gratuitas que serão utilizadas fora do raio de três quilômetros dos focos. Esta medida é válida para os criadores que se enquadram nos critérios do Pronaf.

Os demais criadores, deverão adquiri-la em estabelecimentos comerciais privados. Celso dos Anjos lembra, ainda, que todos os produtores rurais deverão comparecer à Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) para proceder a atualização de seus rebanhos e receber a autorização para a aquisição da vacina, seja ela gratuita ou paga.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint