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Vale compra ativos de fertilizantes da Bunge

Disposta a ter uma posição global de destaque no setor de fertilizantes, a Vale confirmou ontem (27) a compra dos ativos da área de fertilizantes no Brasil do grupo norte-americano Bunge por US$ 3,8 bilhões. Os negócios envolveram uma participação de 42,3% na Fosfertil, adquirida por R$ 2,15 bilhões, e a compra de minas de fosfato por R$ 1,65 bilhão.

Disposta a ter uma posição global de destaque no setor de fertilizantes, a Vale confirmou ontem (27) a compra dos ativos da área de fertilizantes no Brasil do grupo norte-americano Bunge por US$ 3,8 bilhões.

A transação envolveu uma participação de 42,3% na Fosfertil, adquirida por R$ 2,15 bilhões. A companhia é uma das líderes do setor no país. A Vale comprou também minas de fosfato por R$ 1,65 bilhão.

Única empresa privada do país a produzir fertilizantes nitrogenados, a Fosfertil divide esse mercado com a Petrobras, que pretende construir mais uma unidade no país, capaz de dobrar sua produção de 1 milhão de toneladas.

Com o negócio, a Vale atende a um pleito do governo Lula, que critica a timidez dos investimentos da companhia no país em outros segmentos que não a mineração. O Brasil importa cerca de 70% dos fertilizantes utilizados produção agrícola.

Para analistas, a aquisição é também interessante para a Vale, ao permitir uma diversificação de fontes de receitas da companhia. Isso porque a torna menos dependente da siderurgia, ramo para o qual focou a venda de seus principais produtos.

Para Roger Agnelli, presidente da Vale, a “operação é de fundamental importância para a consolidação da estratégia da empresa em focar o Brasil como o grande mercado para sua produção de fosfatados”.

A Bunge, por sua vez, deverá focar toda a sua estratégia na área de alimentos, em processamento de soja e produção de óleos, margarinas e maioneses.

Há dois anos, investigação do Ministério da Agricultura apontou que a Bunge e outras duas multinacionais, a Yara e a Mosaic, haviam montado um oligopólio em fertilizantes no país, para controlar os preços. À época, a Bunge negou a prática e disse que o estudo continha erros. As outras duas companhias não se manifestaram.

A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela equipe AgriPoint.

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