No mês de abril, foram exportadas 89.500 toneladas de carne bovina in natura, gerando receita de US$ 307,80 milhões. A receita com as exportações do mês passado foi 12,89% superior ao valor arrecadado no mês de março de 2008. O bom desempenho das exportações brasileiras vem sendo garantido pela valorização do produto brasileiro no mercado internacional. O preço médio da carne bovina in natura exportada, no mês de abril, foi de US$ 3.439/tonelada.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos 21 dias úteis do mês de abril, foram exportadas 89.500 toneladas de carne bovina in natura, gerando receita de US$ 307,80 milhões.
Gráfico 1. Exportações de carne bovina in natura, receita e volume
Em relação ao volume exportado, abril registrou acréscimo de 6,06% em relação ao mês de março, quando foram enviadas ao exterior 84.389 toneladas. Ao comprarmos os dados referentes ao volume vendido ao exterior no mês passado, com o mesmo período de 2007 temos uma redução de 15,36% (em abril de 2007 as exportações atingiram 105.738 toneladas).
Tabela 1. Exportações de carne bovina in natura
Em relação ao mês de março, a tonelada de carne bovina in natura exportada teve valorização de 6,44%. Se compararmos o valor atual ( US$ 3.439/ton) com o registrado no mesmo período do ano passado temos uma variação ainda maior, 36,22%.
Gráfico 2. Preço médio da carne bovina in natura exportada
O mesmo não acontecerá com o volume de vendas, que deverá apresentar uma redução entre 5% e 10% em relação a 2007, baixando para um total de 2,3 milhões de toneladas em equivalente-carcaça. Segundo Pratini, a queda se deve à redução da oferta de bois para abate no mercado interno e ao crescimento do consumo doméstico.
Nos quatro primeiros meses do ano, o país exportou US$ 1,20 bilhão, referentes a um volume de 342.252 toneladas de carne bovina in natura. Quando comparado ao ano de 2007, notamos que apesar do recuo de 24,79% no volume exportado a receita está 7,65% superior ao acumulado de janeiro a abril, enfatizando novamente a importância da valorização do produto nacional no exterior.
Apesar da desvalorização da moeda americana e o aumento do valor da arroba do boi gordo – que fez o indicador de boi gordo em dólares (US$ 45,76/@) subir 2,5% no mês de abril -, contribuírem para o aumento de preço da matéria-prima dos frigoríficos brasileiros, a relação de troca arrobas por tonelada de carne exportada melhorou, em relação ao mês anterior. Ou seja, como os exportadores conseguiram vender a carne brasileira por valores mais altos, foi possível comprar mais arrobas de boi gordo com o valor de uma tonelada de carne enviada ao exterior, em relação a março.
Em abril esta relação foi de 75,16@/ton, 3,85% superior ao mês anterior. Porém inferior as 91,81@/ton do mesmo mês de 2007 e da média dos últimos 6 anos que é de 99,57@/ton.
Gráfico 3. Relação de troca arrobas por tonelada de carne in natura exportada
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Na verdade, estamos entrando na entresafra. A partir de agora, a oferta tenderá a ser bastante reduzida e os produtores conseguirão, com certeza, desovando seus produtos, obterem um melhor preço
Quanto à exportação, a diferença está na qualidade de nosso produto. De forma geral, nosso produto é produzido com pastagens de boa qualidade (brizantão). E depois desta avaliação do jornal Le Guardian, sobre o despertar do Brasil, nossa tendência é abrir novos e novos mercados. Não teremos problemas na comercialização de nosso produto. Temos que garantir um preço bem satisfatório.