Refletindo o cenário de março com curtas escalas de abate e escassa oferta de animais terminados na maioria das regiões, a pesquisa de intenção de confinamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) relatou que a valorização do boi gordo em 2008 e a projeção de alta para o final do primeiro semestre são os motivos principais para que pecuaristas antecipem o período de abate deste ano em relação a 2007. A BM&F registrou crescimento de 214,6% no volume acumulado do boi gordo referente ao primeiro bimestre deste ano, com 205.785 contratos negociados em relação aos 64.626 do mesmo período de 2007. O futuro de boi gordo com vencimento em fevereiro foi liquidado a R$75,34/@ no dia 29, com elevação de 9,86% se comparado ao início de fevereiro.
Refletindo o cenário de março com curtas escalas de abate e escassa oferta de animais terminados na maioria das regiões, a pesquisa de intenção de confinamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) relatou que a valorização do boi gordo em 2008 e a projeção de alta para o final do primeiro semestre são os motivos principais para que pecuaristas antecipem o período de abate deste ano em relação a 2007. O mês de julho pode concentrar 14% dos abates de 2008, 5% a mais quando comparado ao ano passado. Para outubro, projeta-se crescimento de 2% – somente o mês de dezembro apresenta queda de 7% nas estimativas de abate. Os meses de agosto, setembro e novembro apresentam ligeiro declínio de 1%.
A pesquisa estima também elevação de 32,8% no total de animais confinados, quando incluídos os novos associados na pesquisa. Se for considerada a mesma amostra de 2007, prevê-se alta de 16%, sendo os estados de Goiás e Mato Grosso os que lideram as intenções, tanto pela quantidade de associados quanto pelo volume projetado. O volume de animais para abate também aumentou 11,7% (77.890 animais) e 88,3% (585.116 animais) para o primeiro e segundo semestres de 2008, respectivamente. O estudo foi realizado entre 11 e 29 de fevereiro e contou com a participação de 36 pecuaristas associados.
O mercado de atacado manteve-se estável em março. No dia 24, o preço do dianteiro não sofreu variação em relação ao início do mês e estava R$3,70/kg. O traseiro subiu R$0,20/kg e foi cotado a R$5,40/kg, a carcaça casada e a ponta de agulha aumentaram R$0,10/kg e chegaram a R$4,43/kg e R$3,10/kg, respectivamente.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações de carne in natura para a União Européia devem continuar muito reduzidas, já que das 87 fazendas aptas a exportar para o bloco, 60 delas não produzem volume suficiente para entregar aos europeus em março, pois são propriedades de pequeno porte.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou-se preocupado com a situação de baixa oferta local de bovinos, já que as menores importações do Brasil podem elevar os patamares dos preços da carne bovina no bloco e reduzir o consumo para 2008 devido à oferta escassa.
Como um dos motivos do embargo foram as falhas apresentadas no Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou mudanças no sistema na última quinzena de março. Dentre várias medidas, consta a autorização aos produtores de Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro para contratarem certificadoras particulares ou, em caráter emergencial, montarem dez equipes para realizar auditorias nas propriedades. A reformulação do Sisbov deverá ser concluída em até 60 dias.
A BM&F registrou crescimento de 214,6% no volume acumulado do boi gordo referente ao primeiro bimestre deste ano, com 205.785 contratos negociados em relação aos 64.626 do mesmo período de 2007. O futuro de boi gordo com vencimento em fevereiro foi liquidado a R$75,34/@ no dia 29, com elevação de 9,86% se comparado ao início de fevereiro. Até o dia 24 de março foram 259.812 contratos, representando 5.196.240 cabeças.
O contrato do boi gordo com vencimento em março seguiram em alta de 3%, cotado a R$76,40/@ em 24 de março ante os R$74,20/@ do dia 3. Os contratos referentes aos vencimentos abril e maio também estão em elevação de 4,03% e 4,89%, fechando no dia 24 a R$76,15/@ e R$75,35/@, respectivamente. Refletindo a mesma tendência, o Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F também apresentou incremento de 0,9% em março, fechando no dia 24 em R$76,26/@.
gráfico 1 – Evolução do indicador Esala/BM&F x vencimentos de maio/08 e outubro/08