Para driblar a baixa oferta de bovinos, preços altos e câmbio apertando as margens de lucro, os frigoríficos brasileiros estão procurando compradores que paguem mais pelo produto. Segundo fontes do setor, a alta de preços do boi, que levou muitos frigoríficos a reduzirem os abates no último mês, não teve efeito na queda das exportações em julho.
Para driblar a baixa oferta de bovinos, preços altos e câmbio apertando as margens de lucro, os frigoríficos brasileiros estão procurando compradores que paguem mais pelo produto.
Segundo fontes do setor, a alta de preços do boi, que levou muitos frigoríficos a reduzirem os abates no último mês, não teve efeito na queda das exportações em julho. “Exportamos apenas 25% da produção nacional, não tem um efeito maior, mas é evidente que com a valorização do real o pessoal está mais cuidadoso em selecionar mercado de preços. Se não consegue melhorar, não tem como exportar, por causa da valorização do real”, disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes.
Apesar da turbulência recente no mercado acionário, o dólar se mantém próximo do menor valor desde setembro de 2000. Estava cotado em torno de R$ 1,87 na sexta. De outro lado, em julho o preço médio na exportação de carne bovina subiu para US$ 2.691 por tonelada, contra US$ 2.588 em junho e US$ 2.520 em julho de 2006. “É claro que o aumento de preços não compensa toda a valorização do real, mas compensa boa parte dela”.
E mesmo com o aumento nos preços internos – segundo pesquisa do Instituto de Economia Agrícola, o valor da carne bovina subiu 8% em julho ante junho – o consumo está aquecido. “Segundo nossos técnicos, devemos chegar até o final do ano com consumo per capita de 40 kg por habitante/ano, contra 35-36 da média dos últimos anos”, disse Pratini.
As informações são da Reuters Brasil.