O frigorífico JBS já começou a implementar sua nova estratégia de venda em Mato Grosso do Sul, a entrega em domicílio. Há cerca de um mês e meio, os moradores da cidade de Corguinho, a 60 quilômetros de Campo Grande, estão tendo a oportunidade de comprar diversos cortes de carne direto do frigorífico. "Nossa intenção é levar à população do Estado um produto de qualidade, com procedência e de uma marca conhecida no mercado", disse Eduardo Azzi, gerente do JBS em Campo Grande.
O frigorífico JBS já começou a implementar sua nova estratégia de venda em Mato Grosso do Sul, a entrega em domicílio. Há cerca de um mês e meio, os moradores da cidade de Corguinho, a 60 quilômetros de Campo Grande, estão tendo a oportunidade de comprar diversos cortes de carne direto do frigorífico.
“Nossa intenção é levar à população do Estado um produto de qualidade, com procedência e de uma marca conhecida no mercado”, disse Eduardo Azzi, gerente do JBS em Campo Grande. “Essa é basicamente nossa estratégia. Mas, mais detalhes eu não posso contar”, adiantou de início.
Contudo, basta ligar em qualquer cidade do interior onde o serviço já esteja funcionando plenamente – Presidente Prudente/SP, por exemplo – que as atendentes explicam como tudo funciona. Todos os dias uma van refrigerada com a logomarca da Swift passa pelas ruas anunciando sua presença; a dona de casa pode fazer o pedido um dia antes que os corte – pesando entre 0,8kg e 3,5kg – serão entregues na porta de sua residência. As vans também costumam parar em determinados locais em cada bairro e esperar os clientes.
Inicialmente, o objetivo é entrar em municípios com até 150 mil habitantes em um raio de até 150 quilômetros de distância de uma unidade de abate. Em Campo Grande, a expectativa é de que o serviço esteja funcionando já no início do segundo semestre, caso não haja revés.
Mas, se comprar direto do frigorífico parece significar pagar menos pela picanha, não se engane, segundo o diretor, os preços serão competitivos com os do mercado local, isso para evitar concorrência desleal.
O presidente do Grupo JBS, João Batista Sobrinho, por ocasião do lançamento da Expo MS, no ano passado, já havia dito que tinha a intenção de diminuir a presença dos atravessadores na cadeia da carne.
Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, a ideia é boa e ele não vê obstáculos. “Se estiver obedecendo todas as normas sanitárias, não vejo problema. Agora, quem vai decidir se é uma boa opção ou não é a dona de casa que compra a carne todos os dias”, atenta.
Ele lembra que estudos mostram que o maior lucro na cadeia da carne fica com o varejo, enquanto o menor está com o produtor. “Esperamos que com a eliminação dos atravessadores e do comércio varejista o frigorífico possa remunerar melhor pela arroba do boi”, comenta.
No Paraná, onde o sistema já funciona há mais tempo, os açougueiros não gostaram da concorrência, segundo matéria do jornal Valor Econômico. Em Jandaia do Sul, os varejistas pediram para a prefeitura solicitar que o frigorifico direcionasse as vans primeiramente às cidades vizinhas. Em Apucarana, os comerciantes já fazem as contas de quantos trabalhadores estão sob risco de perderem seus postos.
A matéria é de Jefferson da Luz, publicada no site da Acrissul, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Penso que a estratégia desenvolvida por JBS é positiva tanto para o produtor, quanto para consumidor, e, exponencialmente, para o idealizador da referida.
Dentre os integrantes do segmento é a rede varejista que poderá vir a ter percalços com a nova estratégia.
O consumidor, se o novo modo de venda manter-se qualitativamente interessante e com preços competitivos, será beneficiado por dispor de produto de qualidade entregue à domicílio ou disponível em pontos próximos à sua residência.
O produtor poderá vir a ser melhor remunerado considerando que a industria frigorífica poderá negociar em melhores condições com o segmento varejista, já que o novo modelo pode ser interpretado como “ameaça” para mencionado segmento, até hoje hegemônico no que respeita à distribuição do produto ao consumidor.
A industria frigorífica terá vantagens (1) ao estabelecer uma potencial “ameaça”, ainda que velada, ao setor varejista, através da nova estratégia de alcançar parcela do consumidor sem o concurso de mencionado setor, ação que sempre incorporará a possibilidade de vir a crescer e; (2) em termos de marketing, com as vans deslocando-se em grandes centros como verdadeiros visuais promocionais.
Por fim, em que pese parecer um retrocesso no que respeita à forma de distribuição do produto, desde que mantida a higidez do referido, penso ser uma inovação bastante interessante, a qual, se frutificar junto a outros estabelecimentos frigoríficos, poderá vir a diminuir a hegemonia hoje desfrutada pelas grandes redes de distribuição.
Carlos Alberto de Melo
Florianópolis (SC)
Uma grande oportunidade para as donas de casa e privilégio de contar com toda a linha dos produtos JBS-Friboi.
O que o gerente do JBS de Campo Grande não pode contar,é que a cidade de Corguinho MS com aproximadamente 4.000 hab,consome nada mais e nada menos que 5 vacas por dia,e que a van-açougue percorre 120 Km por dia,ida e volta,com uma motorista e uma atendente para abocanhar 10% deste precioso e promissor mercado.Pelo tamanho da cidade e pela estratégia que ela se encontra não vejo vantagem em fazer marketing lá,e a quantidade de carne vendida,vamos imaginar que o JBS já abocanhou 10% deste imenso mercado,não posso ver como uma fonte de lucro.Se não faz marketing e não dá lucro ou é filantropia ou os detalhes que o gerente não quer falar prá nós, vai ter que contar no futuro para a PF.Um abraço