O pecuarista Felipe Picciani, do Grupo Agro Bilara, não só adota a técnica de vedar pastagem para os meses de seca, como aproveita a semeadura natural que o capim proporciona e que será aproveitada na estação das águas seguinte. Sua família tem fazendas de gado nelore PO em Rio das Flores (RJ) e Uberaba (MG) e de gado nelore comercial - 11 mil cabeças - em São Félix do Araguaia (MT), todas manejadas com o sistema de pastejo rotacionado. O feno-em-pé é produzido principalmente na fazenda de Mato Grosso.
O pecuarista Felipe Picciani, do Grupo Agro Bilara, não só adota a técnica de vedar pastagem para os meses de seca, como aproveita a semeadura natural que o capim proporciona e que será aproveitada na estação das águas seguinte. Sua família tem fazendas de gado nelore PO em Rio das Flores (RJ) e Uberaba (MG) e de gado nelore comercial – 11 mil cabeças – em São Félix do Araguaia (MT), todas manejadas com o sistema de pastejo rotacionado. O feno-em-pé é produzido principalmente na fazenda de Mato Grosso.
Reforma
“Ali ainda tenho muitas áreas de pasto em reforma”, diz Picciani, que explica a sua metodologia: “No início das águas, nós semeamos o capim. Ele vai germinar, crescer e produzir sementes, já no fim da época das águas”, diz o pecuarista, acrescentando, porém, que já não haverá chuva suficiente para estimular a germinação daquelas sementes lançadas naturalmente ao solo.
“A germinação ocorrerá apenas na estação das águas seguinte.” De todo modo, o capim adulto, não pastejado, vai desidratando no campo e virando o feno-em-pé. “Em vez de eu cortar e desidratar o capim artificialmente, o processo ocorre naturalmente, no campo”, diz Picciani, que fornece o feno-em-pé aos bovinos comerciais como volumoso na seca e ainda complementa a dieta com sal mineral proteinado, “que fornece a proteína necessária ao gado”.
Picciani acredita que, quando concluir a reforma das pastagens da propriedade de Mato Grosso, passará a adotar o cronograma proposto pela Embrapa Gado de Corte, com a vedação dos piquetes em duas etapas.
Nas fazendas da Agropecuária Jacarezinho, em Valparaíso (SP) e Cotejipe (BA), a vedação de pastagem é feita principalmente para a simples manutenção de animais de recria nos meses de seca. “Com os animais de engorda nós adotamos o confinamento”, diz o gerente e médico veterinário Luiz Fernando Boveda.
A empresa terá ao redor de 10 mil animais de recria este ano, calcula Boveda. “Vedamos as pastagens entre o fim de fevereiro e o início de março, fim do período das chuvas, para que elas possam ser utilizadas pelo gado na seca.” Boveda diz que o método da Embrapa “é correto e uma boa base para o pecuarista, que deve, porém, se programar e observar as condições de sua região para saber o melhor momento de vedar o pasto.”
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Fonte: jornal O Estado de S. Paulo