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Veja quanto o Paraguai tem ganhado espaço no mercado russo

Não há dúvidas de que desde a recuperação do cenário pós-febre aftosa do Paraguai, a Rússia tem sido um dos principais respaldos da indústria paraguaia para a compra de carne. Atualmente, de cada 5 quilos de carne importada pela Rússia, um vem do Paraguai.

Não há dúvidas de que desde a recuperação do cenário pós-febre aftosa do Paraguai, a Rússia tem sido um dos principais respaldos da indústria paraguaia para a compra de carne. Atualmente, de cada 5 quilos de carne importada pela Rússia, um vem do Paraguai.

Essa informação vem do relatório da consultora internacional, Blasina & Asociados, que indica que o Paraguai tem uma participação de 21,2% no negócio de carne no mercado russo, somente atrás do Brasil e da Bielorrússia, que estão com 41,7% e 23,1%, respectivamente.

Ao final de agosto, o Paraguai tinha exportado 81 mil toneladas de carne bovina a esse país, das 380 mil toneladas importadas ao fechamento do oitavo mês do ano para esse destino. O mercado russo previu adquirir entre 480 a 500 mil toneladas de carne nesse período, que representaria uma redução de 10% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Atualmente, o valor das exportações de carne bovina do Paraguai à Rússia é de US$ 480 milhões e o objetivo é de chegar a US$ 650 milhões nessa temporada.

Embora o Brasil lidere as exportações de carne à Rússia, as restrições às 10 plantas frigoríficas do país gerarão uma maior demanda do produto de outros fornecedores, entre os quais, destaca-se o Paraguai, terceiro maior fornecedor.

O relatório também destaca que o Paraguai foi o segundo fornecedor que mais teve crescimento de volume de exportação ao quarto maior importador mundial de carne bovina, com 29%, frente aos 46% de expansão de participação da carne bielorrussa no mercado russo, enquanto o Brasil teve crescimento de 12%.

Entretanto, destacam-se fortes quedas entre os principais exportadores de carne à Rússia, entre eles, Austrália, que baixou em 50% seu fornecimento, e Uruguai, com 43% de redução, além de Dinamarca e Polônia, com 37% e 36% de redução, respectivamente.

Segundo o presidente da Câmara Paraguaia de Carne (CPC), Luis Pettengill, a Rússia tem sido um mercado importante para diminuir os efeitos negativos da situação posterior ao efeito da febre aftosa. Depois da feira de alimentos em fevereiro, em São Petersburgo, que teve a participação de uma delegação paraguaia, a Rússia ficou mais confiante no país, aumentando as compras de carne.

Comentário BeefPoint: não esperamos que o recente embargo russo a 10 plantas brasileiras tenha um grande impacto negativo nas exportações do Brasil. Isso mostra uma fraqueza do Brasil em conduzir suas negociações, mas não deve causar grandes impactos. Os frigoríficos vão redirecionar suas exportações para outras plantas, que não estão embargadas. Outro comentário é que o Uruguai e Austrália reduziram suas exportações a Rússia por encontrarem outros mercados mais rentáveis, e com melhores preços, que não são acessados pelo Brasil nem pelo Paraguai. Alguns exemplos são China e Estados Unidos.

Fonte: ultimahora.com., traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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