Esperanças: A desvalorização do dólar diante do real, registrando queda de 10,6% em relação a jan/17, menor quantidade de dias em fevereiro e recuo nas importações chinesas e iranianas, que vinham crescendo desde o começo de 2016, foram fatores que afetaram as exportações mato-grossenses de carne bovina no mês passado. Segundo os dados divulgados pela Secex, a venda de carne in natura de Mato Grosso apresentou decréscimo de 11,61% no valor total exportado em relação a jan/17, totalizando o equivalente a US$ 71,66 milhões, já no comparativo com fev/16, a queda foi de 8,19%. Apesar de um fevereiro decepcionante, o 1o bimestre de 2017 foi um dos melhores primeiros bimestres da história para a exportação mato-grossense, ficando atrás apenas do 1o bimestre de 2014 (melhor ano das exportações de proteína bovina mato- grossense), ressaltando assim as expectativas do setor para um ano de expansão nas vendas externas.
* Nesta semana, a arroba da vaca gorda valorizou 0,33%, ficando cotada a R$ 121,15, enquanto o boi gordo manteve-se estável, ficando cotado a R$ 125,81/@.
* O preço do bezerro de ano reduziu 0,12% nesta semana, ficando cotado a R$ 1.114,44/cab. A justificativa para essa queda é uma menor procura por parte dos compradores.
* A receita obtida com a exportação no mês de fevereiro/17 registrou recuo de 11,59%, retração que pode ser reflexo da queda no dólar frente ao real. O volume exportado foi de 22,09 mil TEC, 12,94% menor que o do mês anterior.
* Mesmo com o mês de fevereiro/17 recuando 15,95% em relação a janeiro/17, o abate de machos diminuiu mais em comparação às fêmeas, como já era previsto; a maior oferta delas é reflexo do fim da estação de monta.
O FUTURO DO BOI EM PÉ: Foram divulgados pelo Indea-MT na última semana os dados referentes ao abate de animais mato-grossenses. Em fev/17, ocorreu uma inversão no abate, visto que o número de fêmeas foi maior que o número de machos, fato que não ocorria desde mar/15 e que é proveniente de uma maior oferta de fêmeas. Aliás, em fev/17, o abate foi de 359,29 mil animais, 351,30 mil foram para a linha de abate em nossas indústrias e somente 7,92 mil partiram para outros estados.
Além disso, Mato Grosso encerrou o primeiro bimestre de 2017 com um recuo em seu envio de animais para outras unidades da federação, atingindo a menor quantidade desde 2010. Dois fatores podem justificar esta redução: primeiramente, a perspectiva envolvendo o aumento da alíquota do ICMA para o envio de bovinos para outros estados, e, a redução no diferencial de base SP-MT, que registrou em fev/17 a segunda queda consecutiva mensal, trazendo Mato Grosso para um cenário mais competitivo no que se refere a preços.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
1S09 2S09 1S10 2S10 1S11 2S11 1S12 2S12 1S13 1S14 2S14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16
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Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).