Em três anos a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) prevê dobrar as vendas de sêmen bovino dos segmentos de corte e de leite. Segundo o presidente da entidade, Heverardo Carvalho, apenas 5% das matrizes são inseminadas e, portanto, há um potencial muito grande de crescimento, levando-se em conta a perspectiva de aumento das exportações de carne bovina nos próximos anos.
As vendas de sêmen aumentaram 5,6% em 2003 e totalizaram 7,473 milhões de doses, em relação as 7,076 milhões de doses negociadas pelas empresas no ano anterior. O mercado é estimado em R$ 200 milhões, levando-se em conta as vendas do sêmen, a um custo médio entre R$ 15 e R$ 17 a dose, além dos serviços prestados.
A perspectiva para este ano é de que as vendas aumentem em torno de 10%, segundo Carvalho, que também é diretor da Alta Genetics Brasil, empresa do setor.
Embora considere uma meta arrojada, na medida em que as vendas de sêmen cresceram na média de 7% entre os anos de 1999 e 2003, o objetivo da diretoria da Asbia, recém-empossada, é demonstrar aos pecuaristas as vantagens da tecnologia de inseminação artificial.
Carvalho informa que um estudo na França, efetuado em 2003, demonstrou que os bovinos filhos de matrizes inseminadas rendiam 14% a mais de lucro para os pecuaristas. “Tais animais frutos de inseminação ficaram prontos para o abate 80 dias antes, em média, em relação aos demais”.
A melhor qualidade dos animais não é a única característica da utilização de sêmen na pecuária, segundo o diretor da Asbia e diretor da ABS Pecplan, Alexandre Ramos Lima. “O uso de inseminação artificial reduz a incidência de doenças em relação ao sistema de monta natural”, diz Lima.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Paulo Soares), adaptado por Equipe BeefPoint