O mercado de sêmen no Brasil cresceu cerca de 30% nos últimos cinco anos, apesar de ter registrado uma expansão tímida de 0,1% em 2004, na comparação com 2003. De acordo com o gerente geral da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Ricardo Reuter, depois de um crescimento vertiginoso, é comum passar por um período de estagnação.
No ano passado foram comercializadas aproximadamente 7,5 milhões de doses de sêmen. Para 2005, o setor espera um aumento de 10%. A expectativa da Asbia é que nos próximos três anos dobre o número de produtores interessados em fazer inseminação artificial.
A expansão de 29% ocorrida em 2001, segundo o presidente da Asbia, Heverardo Rezende Carvalho, foi fruto de demanda por gado de melhor qualidade. Ele explica que os criadores passaram a investir em animais com qualidade genética. “Houve uma profissionalização do criador”.
O criador tem retorno da inseminação em quatro anos, no máximo, e Carvalho salienta que o investimento vale a pena. “O custo benefício é muito grande”. O inconveniente, segundo ele, é que o produtor tem que ser organizado para ter bons resultados. “O criador tem que saber qual dia a vaca foi inseminada e quando é o cio”.
Do sêmen comercializado no Brasil, 65% são para gado de corte e 35% são destinados ao gado de leite. Carvalho informou que a diferença é em função do número de gado de corte ser quatro vezes maior que o de leite no Brasil.
Fonte: O Tempo/MG, adaptado por Equipe BeefPoint