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Vendas aos EUA devem ser retomadas nos próximos dias

Frigoríficos brasileiros deverão retomar os negócios de exportação de carne industrializada para os Estados Unidos até a próxima semana, informou nesta segunda-feira o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), entidade que reúne os exportadores, Otávio Cançado. As exportações de carne brasileira para os EUA estão interrompidas desde o final de maio, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu suspender, temporariamente, a certificação desses produtos após autoridades norte-americanas terem detectado em lotes de carne vindos do país níveis acima dos tolerados de Ivermectina.

Frigoríficos brasileiros deverão retomar os negócios de exportação de carne industrializada para os Estados Unidos até a próxima semana, informou nesta segunda-feira o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), entidade que reúne os exportadores, Otávio Cançado.

As exportações de carne brasileira para os EUA estão interrompidas desde o final de maio, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu suspender, temporariamente, a certificação desses produtos após autoridades norte-americanas terem detectado em lotes de carne vindos do país níveis acima dos tolerados de Ivermectina.

Desde então, técnicos do Brasil e dos EUA discutem uma padronização para o comércio, já que os norte-americanos alteraram o padrão dos testes do vermífugo, adotando normas diferentes das estabelecidas pelo Codex Alimentarius, técnica internacional adotada pelos brasileiros.

“Já a partir dessa semana ou da próxima haverá a reabilitação dos frigoríficos, porque foi uma autosuspensão do Brasil”, afirmou Cançado a jornalistas, ressalvando que a medida não incluirá o JBS, onde o problema foi registrado no início. A autorização para o JBS voltar a exportar dependerá do governo dos Estados Unidos, disse Cançado.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, confirmou a informação sobre o retorno das vendas brasileiras, após reunião de representantes dos exportadores em São Paulo. “Tudo o que foi pedido pelos EUA está sendo feito, nós estamos levando a relação das empresas que queremos liberações, o único problema é o CIF 337, isso vai depender dos EUA”, disse Jardim, referindo-se a uma unidade do JBS que produziu a carne na qual o vermífugo foi detectado acima dos níveis tolerados.

Segundo o diretor-executivo da Abiec, o Brasil deixou de exportar o equivalente a US$ 50 milhões para os Estados Unidos desde a interrupção dos embarques, no final de maio.

Em nota divulgada ao final de maio, o JBS informou que o impacto financeiro com o impasse “tende a ser imaterial, tendo em vista que menos de 0,5 por cento da receita consolidada da companhia advém de exportações” para os EUA.

O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do ministério, Nelmon Oliveira da Costa, viajará aos EUA na quarta-feira para discutir as novas normas sanitárias para o comércio de carne industrializada e apresentar um plano de ação sobre o assunto definido pelo governo brasileiro.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, o Brasil passará a adorar os mesmos critérios usados pelos EUA para avaliação de resíduos na carne bovina, que não é reconhecido pelo Codex Alimentarius. A ideia é evitar que esse tipo de problema volte a ocorrer. “Os americanos criaram uma regra própria. Estamos entendendo esses critérios para passar a adotar no Brasil. Nossa ideia é que as indústrias tenham estruturas próprias de controle e que a presença do governo seja por meio de uma fiscalização dessas estruturas. Alguns frigoríficos já possuem isso, mas não são todos”, afirma Jardim.

A fiscalização de carnes destinadas ao mercado externo e que precisam atender exigências sanitárias específicas de determinados clientes cabe às empresas, e não ao Ministério da Agricultura, avaliou Jardim. “A partir do momento da venda, a responsabilidade é da indústria”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Deu na Folha: Fiscalização cabe aos Frigoríficos

    Segundo o secretário da Defesa Agropecuária: Queremos que as Indústrias façam esse controle; elas precisam ter estrutura laboratorial…

    Acredito que em algum momento, os Frigoríficos perceberão que de pouco adiantará realizar exames nas carnes que pretendem comercializar… os controles deverão ser executados nas fases produtivas, ou seja, nas propriedades onde se abastecem…

    Deverão verificar se as mesmas possuem infraestrutura pessoal, técnica e física para produzir animais dentro dos critérios exigidos por seus clientes…

    Significará: Regras especificadas pelos frigoríficos, as quais deverão ser seguidas para que propriedades possam ser classificadas como fornecedoras de animais para abate, exportação ou consumo interno… e lógico os frigoríficos deverão pagar o justo pelos animais que desejam receber… tudo sem a necessidade da interferência do “ente” Estado… afinal a infraestrutura do mesmo (Estado), representada pelo Mapa e pelas secretarías atualmente existentes, não possuem as mínimas condições operacionais para desempenhar este papel… conforme noticiado aqui mesmo no BeefPoint.

    Aí sim, será dado o passo inicial para a desmontagem do “Finge que faz que eu Finjo que acredito”

    Esperar para ver…