Adaptação, fertilidade, eficiência reprodutiva, produtividade e qualidade de carne são atributos essenciais para o sucesso na atividade pecuária. E são exatamente essas características que estão fazendo com que a raça Bonsmara conquiste espaço no Brasil. Prova disso é que a venda de sêmen de touros da raça nas centrais de inseminação cresceu 171% no ano passado, saltando de 35.599 doses (2001) para 96.446 doses em 2002, segundo dados oficiais da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). De acordo com a mesma estatística, nos últimos cinco anos a evolução da venda de sêmen de Bonsmara foi de 828,5%, considerando que em 1998 as vendas foram de 10.387 doses de sêmen.
Segundo Carlos Maluhy, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bonsmara, o crescimento da raça é demonstrado tanto pela comercialização de sêmen como pela intensa procura por animais Bonsmara. “A raça está alcançando excelentes médias nos leilões – R$ 6.000,00 para os touros PO e R$ 10.000,00 para as matrizes PO. Para se ter idéia da valorização, durante o 2o Leilão Nacional, realizado em Campo Grande (MS), em junho, a média dos touros aumentou 15% em relação ao último leilão”, ressalta Maluhy.
A raça Bonsmara foi lançada oficialmente no País há apenas dois anos, mas em 1997 alguns criadores já importavam sêmen da Argentina e dos Estados Unidos. Em 1999 chegaram os primeiros embriões de animais PO vindos da África do Sul. “A partir de 2001, a coleta de sêmen nas centrais de inseminação ganhou ritmo ainda maior, o que confirma a satisfação dos produtores pelos bons resultados conseguidos”, enfatiza o dirigente. Carlos Maluhy informa ainda que a demanda se deve sobretudo aos resultados obtidos no cruzamento industrial, já que o Bonsmara produz 100% de heterose nos cruzamentos a campo. O Brasil é um país continental e os produtores, principalmente do Brasil Central, necessitam de bovinos extremamente férteis e resistentes às condições tropicais.
Trabalho medido por resultados – A raça Bonsmara resulta de mais de 50 anos de rígida seleção genética e produtiva. O trabalho foi iniciado pelo zootecnista sul-africano Jan Bonsma e foi realizado para se obter, ao mesmo tempo, a produtividade das raças britânicas e a adaptação ao clima tropical de raças nativas em um único produto. Os animais Bonsmara são compostos pelas raças não zebuínas Africânder, Shortorn e Hereford. Em sua seleção, apenas 1 em cada 6 touros eram aprovados para reprodução, após ser submetidos a exaustivos testes de performance para avaliar adaptabilidade, fertilidade, eficiência funcional e de conversão alimentar. Tal rigor permanece até hoje, uma vez que o registro definitivo é concedido somente a animais que atinjam o índice mínimo de produtividade, medido em DEPs (Diferenças Esperadas na Progênie). As fêmeas Bonsmara estão aptas à reprodução já aos 14 meses de idade e possuem genética altamente aditiva a campo. Testes efetuados pelo Centro de Pesquisas da África do Sul apontam que a carne de animais Bonsmara possui características equivalentes às das raças britânicas no que se refere ao marmoreio, maciez, sabor e suculência.
Informações adicionais sobre a raça podem ser obtidas através do formulário abaixo.
Fonte: Assessoria de imprensa da ABC Bonsmara