A Lagoa, sediada em Sertãozinho (SP), se consolidou mais uma vez como a maior central de inseminação artificial do País, com o mesmo volume de doses comercializadas em 2005. O resultado é digno de comemoração. O mercado de sêmen bovino, segundo levantamento da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), recuou 6%, com vendas totais de 7,028 milhões de doses.
“Num ano difícil marcado pela retração dos preços do boi gordo, febre aftosa e instabilidade nos preços do leite, a Lagoa repetiu o volume comercializado em 2005, mas conseguiu trabalhar com elevação de 15% no preço médio da dose de sêmen, o que proporcionou aumento de 9% do faturamento, que chegou aos R$ 40 milhões”, informa o diretor-presidente Guus Laeven, lembrando que a empresa detém 25% do mercado de gado de corte e 20% do segmento leite.
Em sintonia com as necessidades dos produtores, a Lagoa ampliou a diversificação dos seus negócios. A empresa inaugurou em setembro o mais moderno do laboratório de sêmen sexado da América Latina em sua sede, após dois anos de estudos do mercado. O investimento foi de R$ 6 milhões, com tecnologia desenvolvida em parceria com a Sexing Technologies, dos Estados Unidos. “Agora o pecuarista pode contar com uma técnica confiável, com expectativa mínima de nascimento de 85% do sexo escolhido”, ressalta o vice-presidente Lucio Cornachini.
A Lagoa já comercializou mais de 30 mil doses de sêmen sexado. A expectativa para 2006 é atingir 200 mil doses. “É a nossa maior aposta para o ano porque agrega tremendo valor ao negócio de reprodução animal”, completa Cornachini.
A Lagoa faz parte do grupo CRV, holding da Holanda e Bélgica, que fatura 125 milhões de euros, produz 6,6 milhões de doses de sêmen e exporta para mais de 50 países.