Os supermercados tiveram alta real de 5,32% nas vendas nos cinco primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2020, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apenas no mês de maio, houve crescimento de 2,88% sobre um ano antes. Em relação a abril, o crescimento foi de 1,98%. Os números são deflacionados pelo IPCA.
“O crescimento vem em todos os canais de distribuição, com as vendas no e-commerce subindo muito por causa da pandemia e isolamento social”, disse Márcio Milan, vice-presidente institucional e administrativo da associação.
O cenário para os preços, entretanto, também está em alta – e num ritmo bem mais acelerado. A cesta Abrasmercado fechou o mês de maio em R$ 653,42, crescimento de 22,3% na comparação com maio de 2020 (R$ 534,48). A cesta considera 35 produtos de largo consumo nos supermercados pelos brasileiros.
Na comparação com o mês anterior, abril, a cesta apresentou crescimento de 1,52%, acima do IPCA Alimentos (0,44%) e do IPCA (0,83%) – vale destacar que são cestas que consideram produtos diferentes.
No acumulado dos 12 meses até maio, o óleo de soja aparece como o item da cesta da Abras que mais subiu (91%), seguido pelo arroz, com alta de 56,4% e carne dianteiro, com 44,1%.
Há ainda uma janela para preços ainda maiores diante da crise hídrica, que levou a uma alta significativa no preço da energia. Entretanto, esse impacto deve demorar um pouco para começar a chegar nas prateleiras, disse Milan. Ele ponderou que o consumo de energia nos supermercados é baixo e responde por algo entre 1,8% e 2% da despesa das redes.
Fonte: Valor Econômico.