As mudanças cambiais adotadas na semana passada pela Venezuela devem beneficiar produtos brasileiros que lideram a pauta de exportações para o país. Quatro dos cinco itens que o Brasil mais exporta para o mercado venezuelano poderão ser adquiridos com um dólar ao câmbio mais favorável em vigor na Venezuela. O governo instituiu duas faixas cambiais - que funcionam ao lado de uma terceira cotação para dólares obtidos com a venda de títulos.
As mudanças cambiais adotadas na semana passada pela Venezuela devem beneficiar produtos brasileiros que lideram a pauta de exportações para o país. Quatro dos cinco itens que o Brasil mais exporta para o mercado venezuelano poderão ser adquiridos com um dólar ao câmbio mais favorável em vigor na Venezuela. O governo instituiu duas faixas cambiais – que funcionam ao lado de uma terceira cotação para dólares obtidos com a venda de títulos.
Bovinos vivos, carne de frango, açúcar e carne bovina – que representam 26% das exportações para o país – estão na lista de produtos classificados por Caracas como essenciais. Isso significa que os importadores na Venezuela terão acesso a um dólar cotado a 2,60 bolívares fortes para comprá-los. O câmbio oficial estava congelado desde 2005 em 2,15.
Para produtos classificados como não-essenciais, o governo vai liberar dólares a 4,30 bolívares. É o caso de telefones celulares, o quinto produto brasileiro mais exportado para o país vizinho.
O ministério ainda avalia o real impacto que a desvalorização poderá produzir no comércio bilateral. Mas na diplomacia, uma visão ainda preliminar é que os exportadores de itens essenciais poderão ser beneficiados porque os reajustes que esses produtos sofrerão – se ocorrerem – tendem a ser menores.
No caso das empresas que importam produtos brasileiros, a perspectiva também é positiva. “Há um otimismo por parte dos importadores venezuelanos que compram do Brasil”, diz Fernando Portela, secretário da Câmara de Comércio Venezuela-Brasil, em Caracas. Na opinião dele, importadores de produtos essenciais – como os quatro que lideram a pauta de exportações brasileiras – não deverão ter problemas para obter dólares a 2,60 bolívares.
Para Fernando Portela, as dificuldades que os importadores terão com as novas regras serão com as autorizações de importação – que passa a ser exigida para um número muito maior de produtos do que vinha até sendo feito até então.
As informações são do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.