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Venezuela: supermercados deixam de vender carne

Logo após o anúncio da decisão, o deputado chavista Jhonny Milano, presidente da Subcomissão de Indústrias e Comércio da Assembléia Nacional, defendeu que "o governo deve ativar a importação maciça" de carne brasileira para evitar o desabastecimento.

A medida do governo Hugo Chávez determinando a venda de carne dentro da tabela oficial, para conter a inflação, levou as redes privadas de supermercados da Venezuela a deixarem de vender carne.

De acordo com o jornal “El Universal”, a Associação Venezuelana de Frigoríficos e Matadouros Industriais foi notificada pela Associação Nacional dos Supermercados de que está suspensa a compra de carne, levantando o temor de um desabastecimento generalizado. Segundo o mesmo diário, cerca de 34% da carne venezuelana são vendidas pelas cadeias supermercadistas.

Logo após o anúncio da decisão, o deputado chavista Jhonny Milano, presidente da Subcomissão de Indústrias e Comércio da Assembléia Nacional, defendeu que “o governo deve ativar a importação maciça” de carne brasileira para evitar o desabastecimento.

Pelo preço tabelado, o quilo da carne pode ser comercializado por até 9.164 bolívares, o equivalente a R$ 9 pelo câmbio oficial. Esse preço é considerado “fora da realidade” pelos supermercados, que têm comercializado o quilo por cerca de R$ 15, cerca de 73% acima do preço oficial.

Apesar da crescente pressão inflacionária -2% em janeiro e 17% no ano passado todo-, o governo não dá sinais de que promoverá uma desvalorização do câmbio oficial e aposta no endurecimento da fiscalização. Tanto que recentemente uma cadeia de supermercados foi fechada porque vendia carne acima da tabela.

O deputado chavista Ricardo Sanguino, presidente da Comissão de Finanças do Congresso, informou ontem que o governo está finalizando um plano para “parar ou conter” a inflação. Sem entrar em detalhes, disse que o pacote incluirá “medidas econômicas, políticas, industriais e fiscais” que podem incluir ajustes nos impostos e uma “melhoria” no controle dos preços tabelados.

As informações são da Folha de S.Paulo, com agências internacionais.

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